Conselheiro de Segurança da Rússia ameça sair dos tratados nucleares

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia avisou hoje que o país pode optar por sair do acordo nuclear e congelar os ativos ocidentais na Rússia.

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia avisou hoje que o país pode optar por sair do acordo nuclear e congelar os ativos ocidentais na Rússia, considerando que as sanções são prova da “impotência política” do Ocidente. Citado pela Associated Press, Dmitry Medvedev, que é vice-presidente do Conselho presidido por Vladimir Putin, escreveu na sua página na rede social russa VKontakte que as sanções impostas pelos Estados Unidos, União Europeia e outros aliados podem dar a Moscovo um pretexto para uma revisão completa dos laços com o Ocidente.

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Em concreto, apontou que a Rússia pode optar por sair do programa de controlo de armas nucleares New START, que limita o arsenal das duas antigas potências da Guerra Fria. Além disso, Medveded escreveu também que “não há uma necessidade particular de manter relações diplomáticas” com alguns países ocidentais e acrescentou: “Podemos olhar uns para os outros através de binóculos e miras de armas”. Na mensagem, o responsável aventou a possibilidade de congelar ativos financeiros de empresas e pessoas ocidentais na Rússia e disse que as sanções impostas à Rússia são um reflexo da “impotência política” do Ocidente.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 120.000 deslocados desde o primeiro dia de combates. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

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