Crise militar e política por invasão russa à Ucrânia pode demorar 3 anos

O MNE português alertou hoje que a crise militar e política provocada pela Rússia poderá prolongar-se por dois ou três anos, pelo que defendeu ser fundamental manter a unidade transatlântica

Crise militar e política por invasão russa à Ucrânia pode demorar 3 anos

O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, alertou hoje que a crise militar e política provocada pela Rússia poderá prolongar-se por dois ou três anos, pelo que defendeu ser fundamental manter a unidade transatlântica. Numa intervenção num encontro com legisladores norte-americanos em Lisboa, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), Cravinho defendeu que a resposta que tem sido dada à crise provocada pela guerra na Ucrânia tornou clara a necessidade de a União Europeia (UE) e os Estados Unidos da América (EUA) trabalharem em conjunto.

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A ONU confirmou que pelo menos 3.153 civis morreram e mais de 3.000 ficaram feridos em pouco mais de dois meses de guerra na Ucrânia, sublinhando que os números reais podem ser muito superiores (… continue a ler aqui)

“Há um sentido crescente de que estamos a falar de algo que vai estar connosco durante algum tempo, durante alguns anos, dois, três anos, provavelmente, à medida que o lado militar se vai desgastando e que a reconfiguração política leva o seu tempo a tornar-se aparente”, disse o chefe da diplomacia portuguesa. João Gomes Cravinho disse também que as sanções ocidentais contra a Rússia terão “efeitos graves nos bolsos do russo médio dentro de alguns meses”, porque as medidas para as atenuar dotadas pelas autoridades de Moscovo só têm efeito a curto prazo. “O problema que a Rússia enfrenta é que as sanções não vão ser levantadas”, afirmou o chefe da diplomacia portuguesa.

Numa reação à invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, a UE, os Estados Unidos e outros países, como o Japão, têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra a Rússia, além de fornecerem armamento às autoridades de Kiev. O encontro de dois dias promovido pela FLAD reúne 19 membros do Congresso norte-americano e de senados estaduais com ascendência portuguesa, que vão ouvir ao fim da tarde de hoje uma intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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