Ucrânia: Decisão de sancionar Putin e Lavrov é “passo importante” da UE
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) classificou hoje como um “passo importante” o acordo europeu para sancionar o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, após a invasão russa da Ucrânia.
“Adicionámos hoje à lista [de sanções] o Presidente Putin e o Ministro dos Negócios Estrangeiros Lavrov, o que é o resultado final da discussão de hoje e não foi concluído ontem no Conselho Europeu, tendo sido decidido hoje pelos embaixadores e pelos ministros após as intensas discussões que tivemos”, afirmou Josep Borrell. Falando em conferência de imprensa após uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE que decorreu hoje à tarde, para aprovar um novo pacote de sanções à Rússia, o chefe da diplomacia europeia vincou que “o Presidente Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros Lavrov estão, assim, na lista de pessoas sancionadas, juntamente com os restantes membros [do regime russo] que apoiam esta agressão ucraniana, como da Duma [câmara baixa do parlamento russo] e também do Conselho Nacional de Segurança russo”.
Nesta que foi a terceira reunião numa semana dos responsáveis pela diplomacia dos 27 do bloco comunitário, foi então dado “um passo importante”, vincou o responsável espanhol. Josep Borrell referiu que, nesta nova lista de sanções, estão também incluídas “26 pessoas ligadas ao mundo financeiro russo, que suportam o governo para avançar com os eventos que estão a ter lugar na Ucrânia”. Assente ficou ainda que a UE irá “explorar todas as possibilidades e elas serão adotadas, dependendo do comportamento russo e dependendo também da possibilidade de tomar medidas mais restritivas”, adiantou o representante, embora ressalvando que “não haverá um terceiro pacote nas próximas horas”.
Os chefes da diplomacia da UE chegaram hoje a acordo para sancionar o Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, com congelamento de ativos financeiros, após a invasão da Ucrânia. A lista abrange também medidas restritivas para membros do Conselho de Segurança Nacional russo, bem como sanções financeiras e limitação aos vistos para atingir a elite russa. Este é um segundo pacote de sanções maciças, decidido pelos 27 face à invasão da Ucrânia, após um primeiro adotado formalmente na quarta-feira. Do primeiro pacote, constava o nome do ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, bem como cerca de 350 membros do parlamento russo.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates. O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho e que era a única maneira de o país se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
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