Japão protesta contra expulsão de diplomatas japoneses da Rússia
O governo do Japão apresentou hoje um protesto formal pela expulsão de oito diplomatas japoneses da Rússia, como retaliação pela expulsão, há três semanas, de oito diplomatas russos do Japão, devido à invasão da Ucrânia.
“Não podemos aceitar de forma alguma a decisão anunciada pela Rússia”, disse o porta-voz do Executivo do Japão, Hirokazu Matsuno. Numa conferência de imprensa, Matusono defendeu que Moscovo tem “total responsabilidade” pela deterioração das relações bilaterais. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou na quinta-feira que exigia que oito diplomatas japoneses deixem o país até 10 de maio, “guiados pelo princípio da reciprocidade”. Num comunicado, o ministério culpou o governo japonês, que acusou de ter escolhido “renunciar a relações construtivas e amistosas” com a Rússia.
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O Japão anunciou em 8 de abril a expulsão de oito diplomatas russos, incluindo responsáveis comerciais, da embaixada da Rússia em Tóquio, por causa da invasão da Ucrânia. Os diplomatas, entre os quais não se encontravam o embaixador russo no Japão, Mikhail Galuzin, saíram do país em 20 de abril. Entre os oito diplomatas que terão que deixar a Rússia não está o embaixador japonês, Toyohisa Kozuki, segundo fontes do Executivo japonês.
Imagens em direto da Guerra na Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, desencadeando uma guerra que provocou um número de baixas civis e militares ainda por determinar. A ONU confirmou na quarta-feira que pelo menos 2.787 civis morreram e 3.152 ficaram feridos, mas manteve o alerta para a probabilidade de os números serem consideravelmente superiores. O conflito levou mais de 5,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia, na pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, segundo a ONU.
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