Ucrânia: ONU confirma 847 civis mortos e 1.399 feridos até sexta-feira
A guerra na Ucrânia provocou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, até ao final do dia de sexta-feira, anunciou hoje a ONU.
No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 64 crianças mortas e 78 feridas. Os dados referem-se ao período entre 24 de fevereiro, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, e as 24:00 de sexta-feira (hora local), correspondendo a 23 dias de combates. A agência da ONU para os direitos humanos acredita que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, “são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo” ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa. “A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis”, lê-se no relatório.
Cerca de 2.500 pessoas manifestaram-se hoje na Praça de Cibeles, em Madrid, para pedir a “renúncia” do governo e exigir preços mais baixos da energia e dos combustíveis, num comício convocado pelo Vox (… continue a ler aqui)
O ACNUDH adiantou que “a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração”. Referiu, em particular, as cidades de Mariupol e Volnovakha (na região de Donetsk), Izium (Kharkiv), Sievierodonetsk e Rubizhne (Lugansk), e Trostianets (Sumy), “onde há alegações de centenas de baixas civis” que não estão incluídas nos números divulgados hoje. Segundo a agência da ONU, um aumento de vítimas entre dois relatórios diários não implica que corresponda a mortos e feridos ocorridos num período de 24 horas, porque o processo de verificação é demorado e pode demorar vários dias.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 24.º dia, provocou também um número por determinar de baixas militares e levou mais de 3,3 milhões de pessoas a fugir da Ucrânia para os países vizinhos. As Nações Unidas calculam que o conflito originou ainda cerca de 6,5 milhões de deslocados internos, ou seja, pessoas que abandonaram o local habitual de residência, mas que permaneceram no país. Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, de acordo com as Nações Unidas. A ONU considera que se trata da pior crise do género na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A invasão da Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
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