Ucrânia: Serviços secretos detêm grupo pró-russo no sudoeste do país
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) deteve hoje um grupo de separatistas pró-russos na região sudoeste de Ivano-Frankivsk que pretendia criar “novas repúblicas populares” como as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no leste do país.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) deteve hoje um grupo de separatistas pró-russos na região sudoeste de Ivano-Frankivsk que pretendia criar “novas repúblicas populares” como as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, no leste do país. “Os agentes da ordem ucranianos detiveram os organizadores de novas ‘repúblicas populares’ na Ucrânia ocidental. O objetivo dos colaboracionistas era desestabilizar a situação na retaguarda dos militares ucranianos”, no meio da ofensiva das tropas russas que invadem o país, indicou o serviço de imprensa do SBU, a agência de serviços secretos ucraniana.
A chamada “República Federativa da Ucrânia”, que os separatistas pró-russos estavam a tentar criar deveria integrar as regiões de Ivano-Frankivsk, Transcarpácia, Leópolis, Ternopol e Chernivtsi, todas na zona ocidental do país. Segundo o SBU, os separatistas esperavam recrutar “mais de meio milhar de traidores nas regiões ocidentais e centrais” da Ucrânia.
De acordo com o plano dos separatistas, eles assassinariam militares e representantes das autoridades e, em seguida, tomariam o poder das administrações locais e anunciariam a proclamação de “repúblicas populares”, que posteriormente se uniriam num Estado-fantoche controlado por Moscovo. Os agentes da ordem abriram um processo criminal contra os detidos por “ações visando uma mudança violenta do poder e da ordem constitucional”, crime punível com dez anos de prisão.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar com três frentes na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamentos em várias cidades. As autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças, e, segundo a ONU, os ataques já fizeram mais de 1,2 milhões de refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e Roménia, entre outros países.
O Presidente russo, Vladimir Putin, justificou a “operação militar especial” na Ucrânia com a necessidade de desmilitarizar o país vizinho, afirmando ser a única maneira de a Rússia se defender e garantindo que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional, e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas para isolar ainda mais Moscovo.
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