Suíça disposta a acolher negociações de paz entre Ucrânia e Rússia
O Presidente suíço, Ignazio Cassis, assegurou que a Suíça “está disposta” a tornar-se um mediador na resolução do conflito entre Kiev e Moscovo.
O Presidente suíço, Ignazio Cassis, assegurou que a Suíça “está disposta” a tornar-se um mediador na resolução do conflito na Ucrânia e anunciou a abertura do país para acolher negociações entre Kiev e Moscovo. A Suíça “está pronta para desempenhar um papel de mediador nos bastidores ou para sediar negociações”, disse no sábado o líder suíço, numa manifestação de apoio à Ucrânia, em Berna.
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Segundo a estação de rádio RTS, Cassis sublinhou que “a Suíça combina a neutralidade com uma tradição humanitária (…) É um pequeno país que está firmemente comprometido com a liberdade”. No evento, que contou com a presença, por videoconferência, do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o líder suíço expressou “a esperança” de que as armas “sejam rapidamente silenciadas” e enviou uma mensagem de boas-vindas aos ucranianos que encontraram refúgio na Suíça. “As pessoas estão profundamente impressionadas com a coragem do povo ucraniano, que luta pela democracia e pela liberdade, bem como pela sua determinação em enfrentar a opressão e defender os valores fundamentais do mundo livre, que também são nossos”, acrescentou Cassis.
Por outro lado, o Presidente suíço anunciou que vai viajar para a Polónia e Moldávia na segunda-feira, para obter informação direta sobre a situação dos refugiados e sobre a ajuda humanitária que a Suíça está a oferecer. Também a Turquia já se ofereceu como mediadora no conflito. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pediu a colaboração do Presidente russo, Vladimir Putin, para “construir juntos o caminho para a paz” e reiterou a sua abertura para colaborar em qualquer declaração de cessar-fogo ou abertura de corredores humanitários. Os chefes da diplomacia russa e ucraniana reuniram-se na capital turca, Ancara, em 10 de março, para tentar chegar a um acordo de cessar-fogo, embora as negociações não tenham produzido resultados.
Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 847 mortos e 1.399 feridos entre a população civil, incluindo mais de 140 crianças, e provocou a fuga de cerca de 5,2 milhões de pessoas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos, indicam os mais recentes dados da ONU. Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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