UE ativa reserva de emergência de 150 milhões para prevenir fome no Afeganistão

A Comissão Europeia ativou a “reserva de emergência” no valor de 150 milhões de euros para prevenir o “risco de fome” no Afeganistão, face à deterioração da situação humanitário no país, foi hoje anunciado.

UE ativa reserva de emergência de 150 milhões para prevenir fome no Afeganistão

“Na sequência da deterioração da situação humanitária no Afeganistão, a União Europeia [UE] ativou a reserva de ajuda de emergência para evitar o risco de fome no país”, anunciou o executivo comunitário em comunicado, acrescentando que o apoio para 2024 é de 150 milhões de euros.

Do total, cerca de 126 milhões de euros são para “parceiros que estão a trabalhar no Afeganistão”, 11 milhões de euros para responder às necessidades dos refugiados afegãos no Paquistão e outros 11 milhões de euros para as organizações humanitárias no Irão.

Do valor destinado ao território afegão, mais de 14 milhões de euros são para a educação em áreas de emergência humanitária — classificação que foi atribuída ao Afeganistão -, oito milhões de euros para crianças e adolescentes com necessidades educacionais, incluindo 1,4 milhões de euros para raparigas excluídas do acesso à escola secundária sob decisão do regime talibã.

O anúncio foi feito no âmbito de uma reunião com “representantes da comunidade internacional”, que vai realizar-se hoje em Bruxelas, para discutir a “crise alimentar sanitária” no Afeganistão.

Desde 2021 que o Afeganistão está sob domínio talibã, que em pouco mais de uma semana reocupou a totalidade do país depois de duas décadas de intervenção dos Estados Unidos da América, colocando a descoberto a falta de preparação do Governo afegão e a ineficácia de controlo norte-americano.

De acordo com a informação disponibilizada pelo executivo comunitário europeu, mais de 23 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária no Afeganistão e desse total 15 milhões estão em situação de “insegurança alimentar aguda”.

O país regrediu sobre controlo talibã e as raparigas e mulheres perderem praticamente a totalidade dos direitos que tinham alcançado em 20 anos.

AFE // SB

By Impala News / Lusa

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