UE chama embaixador russo para repudiar invasão e prometer “resposta firme”

O Serviço Europeu de Ação Externa convocou hoje o embaixador da Rússia junto da União, tendo transmitido a “veemente condenação” da invasão da Ucrânia e advertido para a “resposta firme”.

UE chama embaixador russo para repudiar invasão e prometer

O Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE) convocou hoje o embaixador da Rússia junto da União Europeia (UE), tendo-lhe transmitido a “veemente condenação” da invasão da Ucrânia e advertido para a “resposta firme” a ser dada pelos 27. Em comunicado, o corpo diplomático europeu anunciou que o Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, instruiu o secretário-geral do SEAE, Stefano Sannino, para convocar o embaixador da Federação Russa junto da União, Vladimir Chizhov, ao qual foi transmitida a posição dos 27 face à decisão de Moscovo de atacar a Ucrânia, na última madrugada.

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“Na reunião, o secretário-geral Sannino transmitiu a mais veemente condenação da UE à invasão não provocada e injustificada da Ucrânia pelas forças armadas da Federação Russa e a exigência ao Presidente russo, Vladimir Putin, de cessar imediatamente as operações militares, e retirar incondicionalmente todas as forças e equipamento militar de todo o território da Ucrânia”, lê-se no comunicado.

O Serviço Europeu de Ação Externa acrescenta que “o secretário-geral Sannino informou o embaixador Chizhov de que a resposta firme da UE à agressão russa será decidida na reunião extraordinária de hoje do Conselho Europeu, e incluirá um novo e duro pacote de medidas restritivas, tanto setoriais como individuais, plenamente coordenado com os parceiros transatlânticos e os parceiros da UE com os mesmos interesses”.

Num comunicado emitido hoje de manhã, em nome da União Europeia, Borrell já advertira que a Rússia será responsabilizada pela sua agressão militar “premeditada” à Ucrânia e “não deve ter dúvidas de que a UE permanecerá resolutamente unida ao tomar as próximas medidas”, esperadas para hoje à noite, no Conselho Europeu de urgência que reunirá em Bruxelas os chefes de Estado e de Governo dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa.

A cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da UE, com início agendado para as 20:00 de Bruxelas (19:00 de Lisboa), foi convocada de urgência na quarta-feira pelo presidente do Conselho Europeu, mas ainda antes de Moscovo ter ordenado uma operação militar em grande escala na Ucrânia, iniciada de madrugada.

Os líderes dos 27, entre os quais o primeiro-ministro António Costa, deverão discutir a adoção de um novo pacote de sanções da UE à Rússia, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já prometeu hoje de manhã que serão “pesadas”. A Rússia lançou hoje de madrugada uma ofensiva militar em território da Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que as autoridades ucranianas dizem ter provocado dezenas de mortos nas primeiras horas.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que o ataque responde a um “pedido de ajuda das autoridades das repúblicas de Donetsk e Lugansk”, no leste da Ucrânia, cuja independência reconheceu na segunda-feira, e visa a “desmilitarização e desnazificação” do país vizinho. O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

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