Venezuela exige a Espanha respeito pelas liberdades políticas e individuais
A Venezuela exigiu ao Governo espanhol que liberte os presos políticos e que respeite as liberdades políticas e individuais na Catalunha.
A Venezuela exigiu hoje ao Governo espanhol que liberte os presos políticos e que respeite as liberdades políticas e individuais na Catalunha.
O pedido foi confirmado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, através da sua conta na rede social Twitter, em que convida Espanha a dialogar em vez de reprimir.
“Exigimos que as autoridades espanholas ponham em liberdade os presos políticos. O diálogo democrático deve ser o caminho, não a repressão”, escreveu.
Por outro lado, disse entender “a angustia e a dor que o povo da Catalunha sofre nestes difíceis momentos”.
“Que o governo espanhol respeite os direitos humanos e políticos dos presos de consciência e que a democracia se imponha”, escreveu, numa outra mensagem no Twitter.
A Espanha está a viver uma das suas maiores crises políticas de sempre desde a transição democrática iniciada em 1977.
O parlamento regional da Catalunha aprovou no passado dia 27 de outubro a independência da região, numa votação sem a presença da oposição, que abandonou a assembleia regional e deixou bandeiras espanholas nos lugares que ocupava.
O executivo de Mariano Rajoy, do Partido Popular (direita), apoiado pelo maior partido da oposição, os socialistas do PSOE, anunciou no sábado a dissolução do parlamento regional, a realização de eleições em 21 de dezembro próximo e a destituição de todo o governo catalão.
Na quinta-feira a Audiência Nacional decretou a prisão incondicional para oito ex-ministros regionais, que prestaram declarações nesse dia, entre eles o vice-presidente do Governo regional demitido, Oriol Junqueras.
O presidente do Governo regional destituído, Carles Puigdemont, está em Bruxelas desde segunda-feira com quatro membros do seu executivo exonerado e a justiça espanhola deverá ainda hoje emitir mandatos europeus de detenção para os obrigar a prestarem declarações na capital espanhola.
Também em Madrid na quinta-feira, o Supremo Tribunal espanhol decidiu colocar seis deputados regionais, entre eles a presidente do parlamento da Catalunha, Carme Forcadell, em vigilância policial até à próxima quinta-feira, quando voltarem a ser ouvidos pelo tribunal.
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