Vieira da Silva manifesta apoio a Vitorino se decidir avançar para as presidenciais
O antigo ministro do Trabalho José Vieira da Silva defende que a personalidade do centro esquerda com melhores condições para enfrentar com as eleições presidenciais é António Vitorino e que terá o seu apoio se decidir avançar com uma candidatura.
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Em entrevista à agência Lusa, que será divulgada na íntegra no domingo, Vieira da Silva manifesta o apoio a António Vitorino, adiantando também que gostaria que na área do socialismo democrático “houvesse uma candidatura forte” que fosse “uma candidatura única”.
“O nome do candidato, ou dos possíveis candidatos, que eu gostaria de ver apresentar a candidatura, e que contaria, naturalmente, com o meu apoio, seria o nome de António Vitorino”, afirmou o antigo ministro do Trabalho.
A justificar o seu apoio, Vieira da Silva aponta o currículo e a personalidade de António Vitorino que esta semana, quando questionado se pondera candidatar-se a Belém, não fechou a porta, tendo referido estar “à beira” de tomar uma decisão.
“Na situação que nós vivemos, e face aos problemas que iremos viver provavelmente nos próximos anos […], existe um conjunto de características e de competências políticas onde a dimensão internacional é muito relevante”, referiu Vieira da Silva, considerando que este panorama e a capacidade “de trabalhar para consensos, para compromissos, para defender a União Europeia face aos riscos que ela está a viver”, aponta “para uma personalidade com o currículo, com as características de António Vitorino”.
“É a minha opinião, é uma opinião muito consolidada. Não quer dizer que não houvesse outras candidaturas possíveis que teriam a minha simpatia”, acrescentou.
Além disso, sustenta o antigo governante, Vitorino é também “a personalidade da esquerda democrática que tem melhores condições para enfrentar esse desafio e ter uma posição vencedora, quer numa eventual primeira volta, quer numa eventual segunda volta”.
Questionado sobre se há o risco de o PS ficar dividido, com mais do que um candidato, Vieira da Silva admite que esse tipo de risco existe sempre, pois sendo a Presidência da República uma candidatura que é, por natureza, individual, pode haver “diferentes opções” nas bases eleitorais dos partidos, mas não esconde a sua preferência pela existência de “uma candidatura forte” e “desejavelmente única” na área do socialismo democrático.
Salientando a importância do papel do Presidente da República, Vieira da Silva sublinhou que é bom que este papel “seja bem entendido e que a Presidência da República seja um fator de estabilidade, e não um fator de instabilidade na vida política e social portuguesa”.
LT // JPS
By Impala News / Lusa
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