Zelensky agradece a Costa apoio de Portugal para a Ucrânia ser candidata à União Europeia
O Presidente ucraniano indicou hoje que agradeceu ao primeiro-ministro português o apoio de Portugal para a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à União.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, indicou hoje que agradeceu ao primeiro-ministro português, António Costa, o apoio de Portugal para a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à União Europeia (UE). “Tive uma conversa com o primeiro-ministro António Costa. Agradeci-lhe o apoio de Portugal para a atribuição à Ucrânia do estatuto de candidato à adesão à UE. Concordámos usar a experiência de Portugal na nossa aproximação à UE”, escreveu Zelensky na rede social Twitter.
No Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, em Bruxelas, os chefes de Estado e de Governo da UE deverão tomar uma decisão sobre o parecer de 17 de junho da Comissão Europeia, que recomenda a atribuição do estatuto de país candidato à adesão à Ucrânia, assim como à Moldova.
No mesmo dia, conhecida a recomendação do executivo comunitário, António Costa adiantou que Portugal vai acompanhá-la, mas advertiu também que um alargamento da UE vai exigir uma reflexão sobre a “futura arquitetura institucional e orçamental”, e disse esperar que todos estejam conscientes desse caminho coletivo.
“Esta perspetiva de futura integração, não só da Ucrânia e da Moldova, mas também dos países dos Balcãs ocidentais, exige uma reflexão sobre a futura arquitetura institucional e orçamental da União Europeia, de forma a criar boas condições para termos uma UE forte, unida, capaz de cumprir os seus objetivos e acolher novos países candidatos”, defendeu.
Menos de uma semana após o início da invasão pela Rússia, a 24 de fevereiro, a Ucrânia apresentou formalmente a sua candidatura à adesão, e, no início de abril, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, entregou em mão, em Kiev, ao Presidente ucraniano o questionário que as autoridades ucranianas entretanto preencheram e remeteram a Bruxelas, aguardando agora ansiosamente pelo ‘veredito’ europeu.
Em março, Moldova e Geórgia, outros dois países que se sentem particularmente ameaçados pela Rússia, também apresentaram as suas candidaturas, tendo a Comissão Europeia recomendado que seja concedido também estatuto de país candidato à Moldova, enquanto para a Geórgia considera serem necessários “mais passos”.
A ofensiva militar lançada pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto. A ONU confirmou que 4.597 civis morreram e 5.711 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 118.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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