Zelensky agradece ajuda militar polaca e acolhimento de refugiados

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje à Polónia o seu apoio militar e o acolhimento aos cidadãos ucranianos que se viram obrigados a sair do país devido à guerra.

Zelensky agradece ajuda militar polaca e acolhimento de refugiados

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, agradeceu hoje à Polónia o seu apoio militar e o acolhimento aos cidadãos ucranianos que se viram obrigados a sair do país devido à guerra. Falando num encontro com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e o vice-primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski, o chefe de Estado ucraniano saudou o que descreveu como um “apoio na defesa sem precedentes” por parte de Varsóvia.

Também expressou gratidão à Polónia por acolher tantos refugiados de guerra ucranianos, elogiando a sua “atitude calorosa e humana” para com o seu povo. “As nossas relações progrediram, através da guerra da Rússia contra a Ucrânia, de relações calorosas e de boa-vizinhança para outro nível de laços fortes e históricos”, disse Zelensky.

Trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira em greve exigem adesão à contratação coletiva
Dezenas de trabalhadores do Hospital de Vila Franca de Xira, a cumprir uma greve de 24 horas, concentraram-se hoje à entrada daquela unidade de saúde para exigirem a adesão à contratação coletiva e semana de trabalho de 35 horas (…continue a ler aqui)

A ofensiva militar lançada na madrugada de 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,8 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Polónia foi, até agora, o país que mais cidadãos ucranianos acolheu: mais de 3,6 milhões, segundo o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Por sua vez, o primeiro-ministro polaco disse hoje que o seu país está a melhorar as suas infraestruturas de transportes para facilitar a exportação de cereais e outros produtos importantes da vizinha Ucrânia, que foi severamente restringida pela invasão russa.

Morawiecki falava na cidade ucraniana de Borodyanka, próxima de Kiev, fortemente atingida por bombardeamentos russos, onde se deslocou para inaugurar casas-contentores, fornecidas pela Polónia, para pessoas que ficaram desalojadas devido aos combates.

O responsável afirmou que a Polónia, membro da União Europeia (UE), está a trabalhar para expandir a sua rede de transportes e capacidade de escoamento para ajudar à exportação de milhões de toneladas de cereais ucranianos e outros produtos agrícolas para o resto do mundo, objetivo para o qual indicou estar a receber fundos da UE.

Os países do Norte de África e do Médio Oriente dependem fortemente dos cereais da Ucrânia e enfrentarão graves problemas de escassez alimentar sem eles, acrescentou. Atualmente, a Polónia é uma rota importante para as exportações ucranianas, mas engarrafamentos nas fronteiras, entre outras dificuldades, estão a impedir o escoamento das mercadorias.

Varsóvia e Kiev estão também a discutir a ajuda polaca à reconstrução da Ucrânia depois da guerra, bem como uma cooperação mais forte nas áreas da defesa, segurança e infraestruturas. Os futuros acordos irão, “por um lado, ajudar a Ucrânia e, por outro lado, darão um impulso económico à Polónia”, disse Morawiecki.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto. A ONU confirmou hoje que 4.149 civis morreram e 4.945 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 98.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

 

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