30% das famílias desistem de inscrever filhos em atividades devido aos custos

O início do ano letivo é também, para muitos alunos, o começo das atividades extracurriculares. Desde a prática de diversos desportos, à música, dança ou teatro – as atividades podem ser as mais variadas.

30% das famílias desistem de inscrever filhos em atividades devido aos custos

O início do ano letivo é também, para muitos alunos, o começo das atividades extracurriculares. Desde a prática de diversos desportos, à música, dança ou teatro – as atividades podem ser as mais variadas.

O estudo Observador Cetelem Regresso às Aulas 2022 procurou saber mais sobre a adesão a estas práticas junto dos encarregados de educação. Os resultados indicam que 34% dos inquiridos têm jovens a cargo inscritos em atividades extracurriculares, nas quais participam duas vezes por semana, com um custo médio associado de 70€ por mês.

Analisando pelo nível de ensino, verifica-se que os alunos do Pré-Escolar são aqueles que participam mais neste tipo de atividades (47%), gastando os encarregados de educação uma média de 77 euros. Seguem-se os alunos do 1.º Ciclo (39%; 77€), do Ensino Superior (38%; 50€), do 3º ciclo (35%; 60€) e do Secundário (31%; 97€). No que respeita ao tipo de ensino, os dados revelam que mais de metade dos alunos do ensino privado (53%) frequentam atividades extracurriculares – 31% no caso dos estudantes a frequentar o ensino público.

17% admitem ter desistido de atividades extracurriculares

No âmbito da gestão do orçamento familiar, o estudo revela que, devido aos custos associados, 30% das famílias já se viram obrigadas a desistir de inscrever os educandos em algumas atividades. Concretamente, 17% admitem ter desistido de atividades extracurriculares, sendo que esta decisão prevalece entre os que têm filhos a frequentar o ensino básico, nomeadamente, o 2.º Ciclo (24%) e o 3.º Ciclo (21%).

O mesmo se observa relativamente aos 11% de encarregados de educação que optaram por retirar os seus educandos de explicações particulares – sendo mais comum no 2.º Ciclo (16%) e 3.º Ciclo (15%). Já outros 9% admitem a não inscrição de educandos em visitas de estudo organizadas pelo estabelecimento de ensino.

A nível regional observam-se algumas diferenças. Por exemplo, nas regiões Norte (24%) e Centro (24%) encontram-se um maior número de encarregados de educação que optaram por anular as atividades extracurriculares dos seus educandos. Já na região Sul, verifica-se que os encarregados de educação optaram mais por desistir de explicações particulares (16%).

Das várias atividades extracurriculares existentes, no geral, o desporto é aquela com maior número de participantes (60%). Seguindo-se a música (21%), a dança (20%), o escutismo (8%) e o teatro (4%).

Quando questionados sobre as atividades que consideram contribuir mais para o desenvolvimento das crianças e jovens, mais de metade (61%) indica o desporto – sendo a 1.ª opção para 51% dos inquiridos, nomeadamente, no 1.º Ciclo (62%). 20% mencionam a música, especialmente no Pré-Escolar (11%) e no 3.º Ciclo (10%), e 15% dos encarregados mencionam as atividades relacionadas com a natureza.

Apesar de o desporto ser a atividade mais consensual entre os encarregados de educação, esta tende a ser mais valorizada junto dos inquiridos que têm educandos a frequentar o ensino público (53%) face aos do privado (37%) – com mais encarregados com estudantes no privado a destacar o papel da música (18%) e da dança (13%) no desenvolvimento de crianças e jovens.

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