Advogado entrega filmagens para libertar camionista português preso na Grécia
O advogado grego que defende o motorista português preso na Grécia, em janeiro, por transportar quatro imigrantes ilegais do Afeganistão e do Irão, acaba de entregar um conjunto de filmagens aos juízes do processo para tentar demonstrar a inocência do suspeito.
O advogado grego que defende o motorista português preso na Grécia, em janeiro, por transportar quatro imigrantes ilegais do Afeganistão e do Irão, acaba de entregar um conjunto de filmagens aos juízes do processo para tentar demonstrar a inocência do suspeito.
Esta semana, um tribunal grego deverá decidir se mantém a prisão preventiva ou restitui à liberdade o camionista de 47 anos.
“O advogado grego entregou, ontem [quinta-feira], 15 filmagens de todas as paragens que o meu marido fez na Grécia. Seja nas empresas, nas estações de serviço ou quando esteve a dormir perto do Porto de Patras, que deve ter sido onde imigrantes entraram no camião”, conta Lúcia Moura.
Lamenta ainda que as filmagens só agora tenham sido recolhidas. “A juíza tem de conseguir ver nessas imagens como é que os refugiados entraram lá. Não foi o meu marido que os meteu no camião”, insiste a mulher.
Audiência com Marcelo Rebelo de Sousa
A família, natural de Celorico de Basto, está confiante que a ordem de libertação chegue nos próximos dias. Lúcia Moura conta que o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai recebê-la na próxima quarta-feira, em Lisboa.
“Não vou lá só para me dar dois beijinhos. Se o meu marido ainda não tiver sido libertado, espero que seja para me ajudar. Ele tem poder para isso”, acredita.
Luís Marques arrancou para a Grécia, com uma carga de garrafas de gás, a 3 de janeiro. Chegaria ao destino a 6, após uma viagem de ferryboat a partir de Itália.
Entregou a encomenda e, em Atenas, fez nova carga, desta vez de meias, por indicação do patrão. O camionista foi detido, a 10 de janeiro, depois de terem sido encontrados quatro imigrantes ilegais no interior do camião.
Estava no Porto de Patras para entrar no “ferry” para Itália, onde iria descarregar, antes de voltar a Portugal. “O meu marido continua aterrorizado e os meus meninos pequenos só choram“, queixa-se Lúcia Moura.
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