O Algarve tem água só até dezembro. A situação não é pior porque o consumo baixou 9%, situação relacionada com a pandemia. Além deste fator, outro contribui para atenuar a gravidade da escassez hídrica: o recurso à barragem do Funcho para abastecer as populações permitiu aumentar o volume em Odelouca. Estará em cima da mesa uma medida que prevê que, a partir do momento que as albufeiras de Odeleite e Beliche atinjam determinada cota, a água só possa ser usada para abastecimento público, noticia este domingo o JN.

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Consumo de Água no Algarve assegurado só «até ao final do ano»

O alerta vem do grupo de trabalho que presta assessoria técnica à Comissão Permanente da Seca. «No final de junho, a situação em termos de disponibilidades de água superficial permitem assegurar apenas os consumos estimados durante o ano civil de 2020», alerta-se. Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), garantiu àquela jornal que «todos os consumos estão assegurados até ao final do ano».

Seca prolongada pode restringir água apenas para consumo humano

A situação mais crítica é a do Sotavento algarvio, onde as albufeiras de Odeleite e de Beliche com 32,1% e 39,1% da capacidade. Caso a seca se prolongue, os peritos sugerem a «definição de cota mínima de captação para todos os usos que não tenham por finalidade o abastecimento público». A medida estará a ser negociada e, na prática, significa que a partir do momento em que se atinja a cota definida para as albufeiras de Odeleite e Beliche a água é exclusiva para consumo humano.

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