Dois alunos do Agrupamento de Escolas de Macedo de Cavaleiros foram hospitalizados com sintomas de intoxicação por consumo de haxixe. A GNR realizou diligências e deteve, nesta quarta-feira, seis estudantes, por suspeita de tráfico de estupefacientes. Em declarações ao Jornal de Notícias, o comandante da GNR de Bragança, João Sousa, adiantou que a investigação teve início há seis meses, logo após a hospitalização dos jovens por consumo de haxixe. Um deles apresentou um quadro clínico grave, correndo perigo de morte.

Os alunos, entre 15 e 16 anos, frequentavam uma turma do Programa Integrado de Educação e Formação, e sentiram-se mal na escola. Foi uma auxiliar que acionou os meios de socorro. O diretor do agrupamento, Paulo Dias, “nunca mais foi informado do desenvolvimento dos casos, nem pela família, nem por outra entidade”. Porém, a GNR acabou por deter agora cinco homens e uma mulher, entre 17 e 20 anos, estudantes em Macedo de Cavaleiros e Bragança. Os detidos, alguns deles com cadastro, dedicavam-se ao tráfico de estupefacientes em escolas naqueles concelhos e no de Vimioso.

Encontros eram marcados através de consolas

O grupo operava nos trajetos e no interior dos estabelecimentos de ensino, bem como em espaços de diversão noturna procurados, maioritariamente, pelos estudantes mais novos. Para além de computadores e telemóveis para tocarem mensagens, os suspeitos recorriam também a consolas de jogos para comunicarem entre si e com os clientes, de modo a marcarem encontros e consumarem os negócios “O mais importante desta operação foi o terminar com o tráfico de estupefacientes no interior das escolas, que já tinha alguma dimensão. O importante é impedir que jovens na casa dos 13-18 anos tenham acesso fácil a drogas”, explicou o capitão João Sousa.

Nas 11 buscas (oito domiciliárias e três em veículos), a GNR apreendeu 65 gramas de canábis, três doses de haxixe, cinco pastilhas MDMA, uma viatura, dez telemóveis, computadores, uma pistola de ar comprimido, bem como diverso material usado no corte e acondicionamento da droga, mais 286 euros.

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