Angola expulsou em dois meses mais de 30.000 imigrantes ilegais na Lunda Norte
As autoridades angolanas expulsaram, nos últimos dias, mais de 30.000 imigrantes ilegais da província da Lunda Norte, de onde saíram igualmente de forma voluntária pouco mais de 28.000 outros estrangeiros em situação irregular, segundo o Governo.
As autoridades angolanas expulsaram, nos últimos dias, mais de 30.000 imigrantes ilegais da província da Lunda Norte, de onde saíram igualmente de forma voluntária pouco mais de 28.000 outros estrangeiros em situação irregular, segundo o Governo.
O dado foi hoje avançado pelo ministro do Interior de Angola, Ângelo Veiga Tavares, na abertura do I Conselho Consultivo Alargado daquele órgão do Estado, que decorre até quarta-feira, em Luanda.
O Ministério do Interior iniciou, em setembro, na província da Lunda Norte, a “Operação Luembe”, para o combate da imigração e garimpo ilegal nas zonas de reserva mineira.
O governante angolano orientou as restantes províncias fronteiriças do país, sobretudo aquelas em que o tráfico ilícito de diamantes é mais acentuado, a procederem do mesmo modo que a Lunda Norte.
Além da Lunda Norte, Ângelo Veiga Tavares referiu que também em Luanda foram realizadas algumas operações pontuais, com destaque para a localidade do “famoso Mártires de Kifangondo”, zona da capital angolana habitada por um grande número de estrangeiros, sobretudo de origem africana, e referência na comercialização ilegal de moedas estrangeiras.
Segundo o ministro, nas operações foram apreendidos valores avultados, “algumas centenas de milhares de moeda estrangeira e outros tanto milhões de kwanzas”, bem como detidos alguns cidadãos estrangeiros em situação irregular.
“Estamos nesta localidade a procurar que a ordem pública seja mantida, temos as nossas forças no terreno, procurando dar condições de funcionamento normal ao Mártires de Kifangondo”, disse o ministro.
Ângelo Veiga Tavares recomendou que essas ações sejam igualmente levadas a outras localidades, “onde se vive também idêntica situação de desordem, que é preciso corrigir imediatamente”.
“De todo o modo, continuamos a defender que, no domínio particular do tráfico de moeda, devemos ter legislação cada vez mais forte”, considerou o ministro, argumentando que a legislação existente “é demasiado branda” e alguns dos esforços que são feitos pelos órgãos de polícia acabam por esbarrar com a fragilidade da mesma.
Relativamente à situação interna daquele ministério, o titular da pasta do Interior de Angola disse que decorre o trabalho de reorganização dos seus órgãos, com particular atenção da Polícia Nacional (PN) e o Serviço de Investigação Criminal (SIC).
O ministro referiu que nesse processo de consolidação da nova estrutura do SIC e na transição do regime de carreira da PN para o regime específico de carreira do SIC, tem de “haver a coragem” de se depurar do seu seio “aqueles indivíduos que não reúnam condições técnicas suficientes e idoneidade moral para fazer parte desse serviço bastante importante”.
Na sua intervenção, Ângelo Veiga Tavares deu também particular atenção aos efeitos que as chuvas causam no país, numa altura em que se aproxima o seu período mais acentuado.
“Sabemos que o período de chuva causa sempre grandes constrangimentos à nossa população, é preciso que a comissão nacional de proteção civil, que as comissões provinciais coordenadas pelos respetivos coordenadores províncias e as administrações municipais tomem algumas medidas no sentido de os efeitos das chuvas não serem tão gravosos”, frisou.
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