Antigo comandante da PSP detido por violência doméstica
Ex-comandante da PSP da Feira, hoje advogado, de 67 anos, e já com cadastro por violência doméstica foi detido após ter perseguido e ameaçado a antiga companheira.
Um ex-comandante da PSP da Feira, hoje advogado, de 67 anos, já condenado por violência doméstica, foi detido na manhã desta quinta-feira, 6 de maio, após alegadas ameaças e perseguição à ex-companheira. Enfrenta novo processo judicial pelo mesmo tipo de crime. A PSP cumpriu um mandado de detenção por violência doméstica emitido pelo Ministério Público (MP) de Santa Maria da Feira.
Na passada sexta-feira, o arguido terá perseguido e ameaçado a ex-companheira, com quem viveu cerca de 20 anos e teve dois filhos, um dos quais é menor. A vítima queixou-se de que o homem atravessou o carro à frente do seu, por duas vezes, uma das quais em plena Estrada Nacional 109, perseguindo-a até à Feira, onde terá proferido várias ameaças e injúrias. Ouvido pela juíza de instrução, o ex-polícia ficou proibido de se aproximar da vítima e de a contactar por qualquer modo, sendo controlado por uma pulseira eletrónica.
Também não poderá adquirir ou usar armas. O ex-comandante da PSP já tinha sido condenado, em 2015, a uma pena de três anos de prisão, com pena suspensa, por violência doméstica sobre a mesma vítima. Nessa sentença, foi determinado pelos juízes o pagamento de uma indemnização de quatro mil euros à ofendida, pelo arguido, e a obrigação de se manter afastado dela.
Arguido ameaçou patrulha da GNR
Mais recentemente, em fevereiro de 2018 e no âmbito de outro processo, o agressor foi indiciado por vários crimes após ter entrado na propriedade da ex-companheira sem sua autorização. Segundo a acusação, apertou os braços da mulher com força e, aquando da chegada das autoridades, ameaçou a patrulha. O arguido está ainda acusado de ter ameaçado recorrer a alegados amigos no Ministério Público para prejudicar um dos militares da GNR que estiveram presentes na ocorrência.
Acabaria, por isso, indiciado por um crime de resistência e coação sobre funcionário, dois crimes de ofensa à integridade física e um de injúria agravada. Tal como escreve o JN, o caso será julgado em breve no Tribunal da Feira.
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