António Guterres pede regresso “digno” e “seguro” para os deslocados na Nigéria
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu esta terça-feira que devem ser criadas condições “dignas” e “seguras” para o regresso das populações deslocadas na Nigéria devido à insurreição ‘jihadista’, que ocorre há uma década.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu esta terça-feira que devem ser criadas condições “dignas” e “seguras” para o regresso das populações deslocadas na Nigéria devido à insurreição ‘jihadista’, que ocorre há uma década. “A solução é criar condições seguras e condições de desenvolvimento para que possam voltar para as suas casas em segurança e com dignidade”, sublinhou Guterres, em declarações aos jornalistas. O responsável da ONU esteve esta terça-feira em Maiduguri, Estado de Borno, no nordeste da Nigéria, epicentro da insurgência ‘jihadista’, onde visitou um campo de deslocados. O diplomata português salientou que “naturalmente” as condições num campo de deslocados não são boas.
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“Fui alto comissário para os refugiados. Eu nunca vi um campo de refugiados ou deslocados onde eu gostaria de morar com a minha família”, referiu. “É por isso que vamos fazer o que tivermos que fazer em relação à ajuda humanitária nesses campos”, assegurou. O secretário-geral da ONU visitou ainda um campo de reabilitação para ex-combatentes ‘jihadistas’. No final de março, mais de 4.000 nigerianos que tinham fugido dos grupos ‘jihadistas’ Estado Islâmico e Boko Haram voltaram para as suas casas, apesar da insegurança e dos serviços quase inexistentes na região. Nascida em 2009, a insurgência ‘jihadista’ no nordeste já resultou em mais de 40 mil mortos e 2,2 milhões de deslocados. Antes da visita à Nigéria, Guterres esteve na terça-feira de manha com deslocados e refugiados no oeste do Níger, sendo que a presença na região se deve prolongar até hoje.
“A presença de grupos armados no norte do Mali não nos permite regressar hoje a casa em segurança”
Diante de dezenas de nigerinos deslocados e refugiados que fugiram do Mali e do Burkina Faso, reunidos no pátio de uma escola, Guterres apelou a uma maior assistência internacional ao Níger, que, além dos ataques, enfrenta também a seca e os efeitos das alterações climáticas. “A presença de grupos armados no norte do Mali não nos permite regressar hoje a casa em segurança (…). É por isso que lhe pedimos que continue a fazer da nossa situação uma das suas prioridades”, pediu ao líder da ONU o porta-voz dos refugiados malianos, Aminata Wallet Issafeitane. “Podem contar comigo para exigir da comunidade internacional um forte apoio ao exército do Níger, para que tenha a capacidade de melhor vos proteger”, respondeu Guterres, mas também para pedir “que apoie o povo do Níger e os refugiados com os recursos necessários para que haja escolas para todos, hospitais que trabalhem”.
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