Kaylee Muhart, de Anderson, EUA, estava sob efeito de metanfetaminas quando começou a ter alucinações. Dizia que umas vozes lhe pediam para arrancar os olhos. «Estava deitada de boca para baixo e dizia que tinha de sacrificar os olhos para poder ir para o céu», contou uma testemunha. As pessoas que assistiram à cena violenta em que a rapariga arrancou os olhos não conseguiram evitar a tragédia, tendo ligado para os serviços de emergência.

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Kaylee foi encaminhada para o Hospital Greenville Memorial. Os médicos que a atenderam não conseguiram salvar-lhe a vista e limitaram-se a limpar as órbitas para que não desenvolvesse uma infeção. Katy Tompkins, mãe de Kaylee, tem marcado presença em programas de televisão para alertar os jovens que consomem drogas «cada vez mais perigosas». «Nem se sabe muito bem o que ela tomou. Hoje em dia, compram-se coisas na Internet sem se saber bem o que é. Apesar de toda a dor que senti com o que se passou, estou agradecida por ter a minha filha viva. Muitos pais perdem mesmo os filhos para a droga», confessou numa entrevista.

Desde a primeira experiência com drogas leves até ao momento em que arrancou os olhos passaram apenas 6 meses

A mulher avançou também que a filha tinha aceitado internar-se numa clínica de reabilitação uma semana antes da tragédia. «Começou há seis meses a consumir drogas leves e passou para coisas mais pesadas rapidamente. Percebi que a minha filha não estava bem, mas não consegui evitar tudo isto. Peço aos pais que não desvalorizem os sinais, pois pode ser tarde de mais. Eu demorei algum tempo a perceber a gravidade e hoje tenho uma filha que nunca mais poderá ver na vida. Sinto-me culpada», concluiu.

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Kaylee está ainda a recuperar dos graves ferimentos. Terá agora de aprender a viver sem visão. Os médicos recomendaram o uso de olhos protésicos para preservar a estrutura da cara e proteger as órbitas de bactérias. A jovem pediu para que fossem de cor «verde água, parecidas com a cor natural que tinha nos olhos».

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