Em janeiro, o INEM acorreu ao bairro social de Paradinha, na periferia de Viseu, para socorrer uma mulher de 47 anos. Tito Lopes, pedreiro de 35 anos, foi quem deu o alerta. O companheiro de Anabela Almeida, auxiliar numa escola local, contou aos socorristas que quando chegou a casa, depois do trabalho, encontrou-a caída no chão. A versão, porém, escondia a verdadeira causa de morte da vítima – “asfixia com recurso a um laço”, confirmou-se na autópsia.

O óbito foi declarado no local. Por não haver aparentes indícios de crime, Anabela teria morrido de causas naturais. Em janeiro, Tito, com quem a vítima viveu em união de facto 15 anos, deu a notícia da ‘perda’ nas redes sociais e recebeu dezenas de comentários reconfortantes.

Motivos do crime por asfixia por esclarecer

O corpo da mulher foi entretanto autopsiado e os resultados demonstraram outra versão dos factos. Tito terá asfixiado Anabela até à morte, com recurso a “um laço”. A Polícia Judiciária do Centro passou a investigar e, nesta segunda-feira, 22 de março, deteve o alegado homicida.

Os motivos para o crime continuam por esclarecer. Para a PJ, “todos os cenários estão em aberto”, embora a hipótese de motivação por crise de ciúmes seja a mais forte. Na terça-feira, Tito Lopes foi presente a juiz, no Tribunal de Viseu, que ordenou que ficasse a aguardar julgamento em prisão preventiva. A morte, afinal criminosa, deixou os moradores do centro histórico de Viseu, onde Anabela cresceu, revoltados.

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