Assassina do Gelo vai ser extraditada para Portugal

Fernanda Baltazar está a cumprir pena em Cabo Verde e vai ser extraditada para Portugal contra a sua vontade. Ficou conhecida como a “Assassina do Gelo” após matar o namorado com gelo seco em 2016. Foi condenada a 17 anos de prisão.

Assassina do Gelo vai ser extraditada para Portugal

Fernanda Baltazar, mais conhecida como a Assassina do Gelo, vai ser extraditada para Portugal contra a sua vontade, avança a o Correio da Manhã. A professora condenada a 17 anos de prisão por, em 2016, matar o noivo com gelo seco, estava em fuga e foi detida em Cabo Verde em setembro de 2022.

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Não foi dada entrada do recurso no tribunal constitucional e o acordão a confirmar a extradição transitou em julgado. É apenas uma questão de organização entre autoridades portuguesas e cabo verdianas para a entrega da arguida. A extradição pode acontecer dentro de uma a duas semanas, escreve o mesmo jornal.

A mulher foi detida há meio ano na Cidade da Praia, mas, de recurso em recurso, conseguiu escapar ao mandado de extradição emitido pelas autoridades portuguesas. Até agora.

Fernanda Baltazar tinha 36 anos quando foi condenada por matar o próprio noivo com gelo seco. Primeiro terá sedado o homem, e depois despejado 35 quilos desta substância na cama antes de lhe atear fogo. O crime aconteceu em Lisboa, em dezembro de 2016.

Em tribunal, alegou sempre que o fez a pedido da vítima, que tinha cumprido um pacto de suicídio. Mas a história não convenceu os juízes, para quem a arguida apenas se aproveitou da intenção suicida do homem, de 35 anos, para o assassinar. 

Assassina do Gelo vivia tranquilamente na Cidade da Praia com o novo namorado

Acabou por ser condenada a 17 anos de prisão, por homicídio qualificado. Mas devido a um erro judicial do Tribunal da Relação de Lisboa saiu em liberdade, depois de exceder o prazo da prisão preventiva. E fugiu.

Enquanto aguardava por uma nova decisão do tribunal, Fernanda Baltazar continuou a exercer a sua profissão durante algum tempo, numa escola em Lisboa. “Após notificação do acórdão, só foram emitidos mandados de detenção cerca de três semanas depois”, explicou na altura Fernão Pacheco, advogado da condenada. Reconheceu ainda que a sua cliente fugiu do país e que “o tribunal podia ter adotado outras medidas de coação, em relação ao perigo de fuga, mas não o fez”.

Entretanto, arranjou outro namorado e conseguiu viveu uma vida normal sem nunca ter sido intercetada pelas autoridades. Apesar de o Supremo ter confirmado a sentença de 17 anos por homicídio qualificado, a professora conseguiu não ser procurada e viver em paz com o novo companheiro num bairro da Cidade da Praia.

A fuga da “Assassina do Gelo” foi bem sucedida até setembro do ano passado. Após a captura disse de imediato que recusava ser extraditada para Portugal.

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Texto: Inês Neves; Fotos: DR

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