Atirador da Nova Zelândia despediu advogado e vai representar-se em tribunal
O atirador Brenton Tarrant, principal suspeito do ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia, despediu o seu advogado e irá defender-se a si próprio em tribunal.
O atirador Brenton Tarrant, principal suspeito do ataque a duas mesquitas na Nova Zelândia, despediu o seu advogado e irá defender-se a si próprio em tribunal. De acordo com a informação avançada pela Fox News, a decisão do homem de 28 anos indica que irá usar o julgamento como forma para veicular as suas ideias extremistas.
Brenton Tarrant foi acusado de homicídio pelo ataque a duas mesquitas que vitimou 50 pessoas, tendo-lhe sido decretada a medida de coação de prisão preventiva. O atirador vai ser presente a tribunal, novamente, a 5 de abril para que sejam decretadas eventuais novas medidas de coação.
Atirador escreveu manifesto dividido em vários capítulos
O homem de 28 anos escreveu um manifesto, no qual explica o porquê de ter massacrado quase cinco de dezenas de pessoas a sangue frio.
Neste documento, organizado por vários capítulos, o suspeito conta que esteve de férias em Portugal e que viajou pela Europa. Nesta viagem, que ocorreu em 2017, Brenton garante que houve vários momentos que mudaram «radicalmente» a sua forma de ver o mundo e que o levaram a querer realizar o referido ataque. «O primeiro evento que provocou a mudança na minha cabeça foi o ataque em Estocolmo, no dia 7 de abril de 2017. Foi mais um ataque terrorista numa série de tantos outros que nunca mais acabam. Não podia mais ignorar os ataques. Atacaram o meu povo, a minha cultura, a minha fé e a minha alma», escreveu o suspeito no manifesto com cerca de 87 páginas, intitulado ‘A grande mudança: Rumo a uma nova sociedade’.
O assassino de nacionalidade australiana explica que o segundo momento que o mudou foi durante as eleições francesas, em 2017. Brenton garante que foi nesse período que deixou de acreditar na democracia como uma solução.
No texto, Brenton ainda faz várias referências a Donald Trump, defenindo-o como «um símbolo de identidade branca renovada e objetivo comum» e a Anders Breivik, o terrorista de extrema-direita norueguês que matou 77 pessoas em 2011.
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