Um atleta paralímpico foi obrigado a arrastar-se no chão de um aeroporto, em Londres. Os funcionários perderam a cadeira de rodas e o jovem teve de se desenrascar sozinho. «Senti-me humilhado como nunca antes na minha vida.»

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«Apesar de o erro ter sido deles, ninguém se preocupou em ajudar-me a sair dali», sublinha Justin Levene, de 20 anos. Ao jovem foi-lhe dito que teria de se encaminhar para a saída do aeroporto de Luton e esperar até que o contactassem assim que localizassem a cadeira dele. «Degradante. A palavra é essa. Não há justificação possível para que ninguém se tenha preocupado em auxiliar-me», disse o atleta numa entrevista a um canal de televisão inglês.

Situação do atleta paralímpico piorou ao chegar à rua

Quando conseguiu chegar à rua, depois de se arrastar pelo aeroporto, a situação piorou, pois o piso não permitia deslizar. Justin resolveu o problema com um carrinho de transporte de malas para chegar a uma praça de táxis. Toda a cena foi gravada por um amigo, também paraplégico, de forma a documentar o «tratamento que os deficientes recebem em Inglaterra».

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O caso gerou uma onda de revolta no país e nas redes sociais. Após duras críticas por parte de milhares de pessoas, os responsáveis pela gestão do aeroporto emitiram num comunicado. No documento, há uma explicação. Mas não há qualquer pedido de desculpas.

«Fizemos o que estava ao nosso alcance para ajudar», lê-se. «O passageiro não apresentou queixa às autoridades. O aeroporto está preparado para pessoas com mobilidade reduzida», pode ler-se no documento, onde não há um pedido de desculpas. As imagens do atleta paralímpico a arrastar-se no chão do aeroporto estão a correr mundo. O jovem recebeu milhares de mensagens de apoio. Justin Levene não conseguiu ainda recuperar a cadeira de rodas.

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