Atriz diz que Marilyn Manson a obrigou a fazer jantar após abortar

A atriz Evan Rachel Wood revelou que foi obrigada a cozinhar para Marilyn Manson logo após um aborto.

A atriz Evan Rachel Wood revelou que foi obrigada a cozinhar para Marilyn Manson logo após um aborto. A declaração consta de um excerto de um documentário que será lançado em 15 de março, Phoenix Rising. As informações foram publicadas pelo New York Post nesta segunda-feira. “Desde o início do nosso relacionamento, ele sempre teve problemas com anticoncepcionais que eu estivesse a usar – passei por todos os tipos para ver qual ele gostava, e ele não gostava de nenhum deles. Ele não queria que usasse anticoncepcionais”, afirma Evan Rachel Wood.

Evan, que acusa o ex-namorado de abusos físicos e psicológicos, percebeu que tinha engravidado em 2011, enquanto trabalhava na série Mildred Pierce, optando por abortar. “Ele ignorou o aborto. No minuto seguinte [do aborto], foi tipo, ‘faz-me o jantar.’ Lembro de pensar: ‘eu deveria descansar – o meu corpo passou por esse trauma… há consequências’. Ele não se importou”, relembra a atriz, de 34 anos. Todo o trauma fez com que tentasse cometer suicídio. “Entrei na casa de banho, peguei num copo, parti-o e comecei a cortar os pulsos”, diz. A tentativa falhada fez com que decidisse dar um novo rumo à vida e pediu à mãe que a internasse.

Marilyn Manson torturava mulheres numa cela de vidro insonorizada

O apartamento de Brian Hugh Warner, mais conhecido Marilyn Manson era decorado com “sangue, suásticas e imagens de revistas pornográficas”, revelou a investigação levada a cabo pela revista Rolling Stone. Ao longo de nove meses, reuniram testemunhos de ex-namoradas e antigos colegas de trabalho do cantor de 52 anos que revelam episódios de violência psicológica e física e abuso sexual protagonizadas pela estrela de rock.

Em 1 de fevereiro de 2021, dois anos após ter testemunhado no senado californiano a favor de uma lei mais punitiva contra a violência doméstica, a atriz Evan Rachel Wood avançou com o nome do seu abusador: Marilyn Manson. Seguiram-se muitas outras mulheres – Ashley Walters, antiga assistente do cantor, Ashley Morgan Smithline e a modelo Sarah McNeilly – com denúncias similares. No interior do apartamento em Los Angeles — apelidado por uma ex-namorada de “frigorífico negro” — existia uma cela insonorizada, deixada pelo anterior proprietário, um produtor de música eletrónica. A cabine rapidamente se tornou num fetiche do músico que lhe deu o nome de Bad Girls’ Room (quarto das meninas malcomportadas).

Ashley acordou na cela com Manson a penetrá-la

De acordo com as alegadas vítimas, Manson colocava-as em isolamento na caixa – toda envidraçada – durante horas, numa espécie de tortura psicológica. “Ele falava dela sempre com um tom de brincadeira, a gabar-se” recorda Ashley. Em 2012, numa entrevista, Manson falou abertamente sobre a cela. “Se alguém se portar mal, posso prendê-la ali [na cela], que é à prova de som”, atirou. Ashley Smithline, antiga namorada do artista, conta à Rolling Stone que, durante o período em que namoraram, foi trancada na Bad Girls’ Room – que é do tamanho de um provador de uma loja de roupa – por diversas vezes. “Primeiro ele fazia com que soasse cool. Depois, tornou a cela como algo muito punitivo. Mesmo que gritasse, ninguém me ouvia”, recorda.

“A primeira reação é sempre lutar – e ele gostava dessa luta. Aprendi a não lutar [contra o castigo], porque era isso que ele queria. Simplesmente tentava ir para outro lugar na minha cabeça”, contou à revista. Mas não foi tudo. Lembra-se de acordar com os tornozelos e pulsos atados atrás das costas, com o músico a penetrá-la sexualmente. Terá dito “não” por diversas vezes, mas em vão. O músico ordenou que se calasse e fizesse “pouco barulho”. Além disso, num processo que chegou a tribunal, Manson terá inscrito as iniciais “MM” na coxa de Smithline com uma faca e atirou-lhe outra que “não a atingiu por muito pouco”.

Atriz de Game of Thrones foi eletrocutada e chicoteada

A atriz Esmé Bianco, estrela de Game of Thrones, alega que Marilyn Manson costumava abusar sexualmente dela, privava-a de sono e comida, mordia-a e cortava-a. Diz mesmo que chegou a eletrocutá-la e chicoteá-la “com um chicote nazi” sem o seu consentimento durante os dois anos em que estiveram juntos. Em entrevista à Rolling Stone, lembra o episódio em que Manson a perseguiu pelo apartamento com um machado na mão, ao mesmo tempo que destruía paredes. “Aquele foi um momento decisivo para mim”, confessou. Bianco, que abriu um processo contra o artista por agressão e tráfico sexual, diz que se sentiu “em perigo iminente de vida”, e diz que terminar a relação foi a “melhor tentativa de sobrevivência”.

O apartamento de Manson “tinha vaginas em todo o lado”, já outras disseram que viram a palavra “SIDA” pintada em cima da sua cama. Os móveis, tapetes, cortinas e toda a decoração eram pretas, para que o cantor “conseguisse tapar toda a luz de todas as janelas durante todo o dia”. “A temperatura era mantida fria; se alguém ajustasse o termóstato para mais de 18 graus, ele tinha ataques de raiva e destruía móveis”, acrescenta uma fonte à mesma revista.

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