Autoridades dominicanas admitem ser improvável haver sobreviventes de desabamento

As autoridades da República Dominicana admitiram hoje que é remota a possibilidade de encontrar sobreviventes nos escombros da discoteca cujo teto desabou na terça-feira, em Santo Domingo, e que matou pelo menos 184 pessoas.

Autoridades dominicanas admitem ser improvável haver sobreviventes de desabamento

As equipas de resgate continuam hoje os trabalhos de retirada dos escombros da lendária discoteca Jet Set, cujo teto desabou na madrugada de terça-feira, mas a esperança de encontrar sobreviventes é remota, segundo as autoridades locais.

Dezenas de pessoas ainda procuravam os seus amigos e familiares, ficando frustradas por não obterem respostas após terem entrado em contacto com os hospitais e o instituto de medicina legal do país.

Os médicos alertaram que duas dezenas de pessoas permaneceram hospitalizadas e que oito estão em estado crítico. Mais de 200 pessoas ficaram feridas no desabamento do teto da discoteca, famosa por organizar eventos à segunda-feira e frequentada por celebridades locais.

O Governo dominicano afirmou na quarta-feira à noite que estava a passar para uma fase de recuperação focada em encontrar corpos. Entretanto, Juan Manuel Méndez, diretor do Centro de Operações de Emergência (COE), disse que as equipas no local ainda estavam à procura de vítimas e possíveis sobreviventes, embora ninguém tenha sido encontrado com vida desde a tarde de terça-feira.

“Não vamos abandonar ninguém. O nosso trabalho vai continuar”, disse Méndez.

A discoteca estava cheia de músicos, atletas e autoridades governamentais quando o teto desabou no início da madrugada de terça-feira.

Entre os mortos está o cantor de merengue Rubby Pérez, que atuava para a multidão antes do teto cair, assim como os ex-jogadores da Major League Baseball [MBL – liga profissional de basebol dos Estados Unidos] Octavio Dotel e Tony Enrique Blanco Cabrera, e Nelsy Cruz, governadora da província de Monte Cristi, no noroeste do país, cujo irmão é o jogador da MBL Nelson Cruz.

Também morreu um funcionário reformado das Nações Unidas, o saxofonista Luis Solís, que estava a tocar no palco quando o teto caiu, e o ‘designer’ de moda Martín Polanco, entre outras autoridades e familiares.

As autoridades ainda não esclareceram os motivos do colapso do teto e nem quando o edifício da discoteca foi inspecionado pela última vez.

O Governo disse na quarta-feira à noite que, assim que a fase de recuperação dos corpos terminar, vai iniciar uma investigação completa.

CSR // APN

By Impala News / Lusa

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