As autoridades ignoraram uma denúncia de abusos sexuais a uma criança de 5 anos, conta o Correio da Manhã. A menina ‘Ana’, tinha cinco anos quando disse à educadora que não queria estar com o pai porque este lhe fazia mal. A menina contou à educadora que este lhe tocava no corpo e que isso a incomodava. As educadoras enviaram, então, uma carta para as técnicas que acompanhavam o caso.

Segundo a mesma publicação, a primeira denúncia, que foi arquivada, surgiu quando a menina tinha apenas três anos e dava conta de relatos de que a criança tinha sido vítima de abusos sexuais. O processo nem foi reaberto e as técnicas concluíram que a mãe «obstaculiza a uma relação sólida e afetiva com o pai», escreve a publicação.

«Não fazem alusão ao conteúdo da carta, não fazem alusão a qualquer outra informação constante no processo que a Segurança Social tinha. Nomeadamente relatórios médicos, psicológicos, do âmbito privado, relatório do Instituto de Medicina Legal, várias cartas escolares. Nada disso importa», afirma a mãe da menina à publicação.

«Dizem que parecem existir indicadores que constituem perigo para a integridade  psicológica da criança, que a mãe não é detentora de competências parentais, no sentido da coparentalidade. E ainda que os requerimentos que eu enviei ao tribunal, com todos os relatórios e informações da escola, apenas parecem enquadrar-se na tipificação de um quadro de anulação da figura paterna», continua. A mãe de ‘Ana’ já apresentou queixa das técnicas e o processo da filha mudou de tribunal.

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