O que acontece à Banca quando é apanhada numa espiral de medo?
Rumores de problemas num banco desencadeiam por norma corridas aos levantamentos também noutras instituições bancárias, criando um ciclo de feedback negativo de (supostos) problemas – fazendo disparar uma espiral de medo em toda a Banca.
O colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e a crise mais ampla que se seguiu deixaram mais uma vez claro que o setor bancário é um jogo de confiança. Quando esta confiança é abalada e os clientes perdem a fé num Banco – ou em todo o sistema bancário –, é muito difícil evitar uma espiral descendente que pode levar ao desastre, ou seja, à falência de um ou mais instituições bancárias. A esta espiral que assola a Banca chama-se “índice do medo”.
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É frequente que rumores de problemas num banco sejam suficientes para desencadear uma corrida ao Banco, pois, quando afetados, entram num ciclo de feedback negativo de (supostos) problemas. Instala-se o pânico, causando levantamentos em massa, provocando ainda mais pânico, mais levantamentos e assim por diante.
O que fazer quando a Banca é tomada pelo índice do medo
Uma vez apanhados nesta espiral do medo, é apenas uma questão de tempo até que a Banca enfrente problemas reais de liquidez, forçando-a a vender ativos, muitas vezes com prejuízo, como foi o caso do SVB. Estas perdas pioram ainda mais a posição do Banco, causando mais pânico e mais levantamentos. o índice do medo dispara.
Sabendo que uma fagulha de pânico pode incendiar todo o sistema bancário, é compreensível por que o Fed, o FDIC e o governo federal tivessem intervindo nos EUA de forma tão decisiva, acalmando os clientes e prometendo liquidez adicional a outros Bancos que lutam para manter-se ‘vivos’ em face aos pedidos de levantamento. A intenção dos Bancos centrais é sempre, nestes casos, tentar restaurar a confiança no sistema bancário, conter o fogo antes que ele se espalhasse e evitar uma crise bancária total.
Statista
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