Rodrigo, o bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal, faz esta segunda-feira, 28 de outubro, três semanas de vida. O menino, que nasceu sem nariz, olhos e parte do crânio, continua nos cuidados paliativos de pediatria, no Hospital de São Bernardo, em Setúbal.

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Marlene e David, os pais, acompanham o filho todo o dia e, em declarações ao Correio da Manhã, prometem fazê-lo «até que a natureza o permita». Rodrigo foi submetido na passada quinta-feira, 24 de outubro, a uma ressonância magnética onde foi confirmado que o bebé não ouve, tem o céu da boca deformado e só respira pela boca.

Apesar disso, a família continua a acreditar «num milagre».

«A missão do Rodrigo é ajudar a fazer justiça»

Desde que o caso de Rodrigo foi divulgado, foram vários os casos de malformações com bebés, que nunca foram detetadas pelo obstetra Artur Carvalho, a serem falados. «Não esperávamos tantos casos. Nunca vai justificar, mas parece-me cada vez mais, que tudo tem uma razão para acontecer. A missão do Rodrigo é ajudar a fazer justiça», diz Tânia Contente, a madrinha do bebé, ao CM.

A madrinha de Rodrigo, que, segundo o CM, apresentou queixa formal na Ordem dos Médicos, garante que a família «só espera que seja feita justiça» e que promete ir «até às últimas consequências».

Devido ao caso de Rodrigo, a clínica EcoSado, onde a mãe do bebé fez três ecografias com o médico Artur Carvalho, está sob investigação. Em causa estão eventuais irregularidades na convenção estabelecida com o Estado. O obstetra foi suspenso preventivamente durante seis meses, pelo Conselho Disciplinar do Sul da Ordem dos Médicos.

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