Bispo de Coimbra alerta para “trevas interiores” e apela à presença humana em Pedrógão Grande
O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, disse que subsistem “trevas interiores” nos sobreviventes e familiares das vítimas dos incêndios de junho em Pedrógão Grande e apelou à presença humana como forma de as ultrapassar.
O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, disse hoje que subsistem “trevas interiores” nos sobreviventes e familiares das vítimas dos incêndios de junho em Pedrógão Grande e apelou à presença humana como forma de as ultrapassar.
Na homilia da missa de Natal que hoje decorreu naquela vila do distrito de Leiria, na presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, Virgílio Antunes apontou as “trevas exteriores” – os prejuízos decorrentes dos incêndios – como “preocupantes e muito difíceis de vencer”, mas avisou que as trevas interiores, decorrentes da dor dos familiares das vítimas, “são muito mais preocupantes”.
“Provocam a descrença, a erosão da alma e o aniquilamento da esperança (…). O vazio interior é muito mais difícil de preencher, exige uma fortíssima presença humana”, afirmou Virgílio Antunes.
Naquilo que definiu como uma luta da luz contra as trevas, o bispo de Coimbra assinalou as ações de solidariedade e partilha para com as vítimas dos incêndios e os apoios públicos e privados, mas notou, nesta celebração de Natal em Pedrógão Grande, o “silêncio de homens e mulheres pela perda de alguém, a ruína de sua casa ou a escuridão do panorama envolvente”.
Virgílio Antunes iniciou a celebração pedindo a Deus “o eterno descanso daqueles que faleceram no incêndio” e concluiu a homilia convidando os presentes a “acolher o Natal da fé”.
“Jesus irá à frente a rasgar todas as trevas e a abrir todas as portas da esperança, do amor e da paz”, disse.
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