BMW de Eduardo Cabrita era de traficante de droga
“A mulher do meu cliente está indignada com a situação e o próprio arguido, que desconheciam por completo que o veículo estava a ser utilizado”, disse Pedro Miguel Carvalho.
O BMW que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, quando atropelou um trabalhador na A6, no dia 18 de junho, pertence a um traficante de droga. O veículo topo de gama foi apreendido há cerca de dois anos por ordem do Tribunal de Penafiel, depois de ter sido fotografado em vigilâncias a entregar heroína ao cabecilha de uma rede de tráfico de droga de Felgueiras.
O traficante – um cadastrado de Guimarães que voltou a ser detido um ano depois de sair da cadeia pelo mesmo crime – está agora a cumprir uma pena de oito anos de prisão por tráfico agravado, em que utilizava o potente BMW para a atividade ilícita. Apesar de já ter sido condenado, o carro não foi considerado perdido a favor do Estado porque está envolto num imbróglio jurídico: o veículo era sempre utilizado pelo traficante, mas o registo de propriedade está em nome de uma empresa que tem como sócio a sogra do arguido.
Família do traficante incrédula com situação
Os recursos arrastam-se no tribunal e a família do traficante ficou surpreendida ao saber que o topo de gama apreendido está, afinal, a ser utilizado ao serviço do governante. “A mulher do meu cliente está indignada com a situação e o próprio arguido, que desconheciam por completo que o veículo estava a ser utilizado. Aliás, pensavam que estava parado num parque de estacionamento das autoridades policiais”, disse Pedro Miguel Carvalho, advogado do traficante em declarações ao Correio da Manhã.
Além de apreendido, o veículo foi arrestado pelo tribunal para servir de garantia de pagamento de cerca de 100 mil euros – valor que o tribunal apurou ter sido o proveito da venda de droga por parte do traficante. A lei prevê a utilização de carros apreendidos. Caso depois seja decidida a devolução do veículo ao proprietário, em caso de danos existirem danos estes serão pagos pelo Estado.
LEIA AINDA
Covid-19: Duas mulher infetadas detidas por violarem confinamento
Duas mulheres de 30 e 33 anos foram detidas anteontem pela GNR por violarem o confinamento obrigatório a que estavam sujeitas, no âmbito da pandemia da covid-19, no concelho de Albufeira. (… continue a ler aqui)
Siga a Impala no Instagram