Boris Johnson defende pena mínima para terroristas e é acusado de estar a usar atentado
Boris Johnson já tinha afirmado no sábado que ia rever o regime da liberdade condicional no Reino Unido, na sequência do ataque de um ex-detido condenado por terrorismo.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, defendeu este domingo, 1 de dezembro, penas mínimas de 14 anos para crimes terroristas, dois dias após um ataque que matou duas pessoas na Ponte de Londres, tendo sido acusado de usar o atentado com fins políticos.
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«Alguns dos condenados não devem sair nunca mais»
«As condenações por crimes terroristas devem ser alvo de uma sentença mínima obrigatória de 14 anos e alguns [dos condenados] não devem sair nunca mais», disse Boris Johnson, referindo-se ao facto de o responsável pelo ataque realizado na Ponte de Londres, na sexta-feira, ter sido condenado em 2012 por terrorismo e libertado automaticamente seis anos depois.
Boris Johnson diz que vai rever o regime da liberdade condicional
Boris Johnson já tinha afirmado no sábado que ia rever o regime da liberdade condicional no Reino Unido, na sequência do ataque de um ex-detido condenado por terrorismo.
Estado Islâmico assume responsabilidade pelo ataque
O grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelo ataque do britânico Usman Khan, de 28 anos, que provocou dois mortos e três feridos, tendo sido morto a tiro pelas forças policiais. Usman Khan foi condenado a um período indeterminado de prisão em 2012, mas um recurso interposto em 2013 reduziu a sua pena para 16 anos de prisão.
Johnson acusa o Partido Trabalhista de estar na origem da lei que permitiu a libertação de Usman
«Este sistema [de liberdade condicional automática depois de cumprida parte da pena de prisão] tem de acabar – repito, tem de acabar», disse Boris Johnson, que é também candidato à sua reeleição, no dia 12. «Todos os crimes terroristas e extremistas devem ter cumprimento integral da sentença proferida pelo juiz: esses criminosos devem cumprir todos os dias da sua sentença, sem exceção», afirmou o líder conservador, acusando o Partido Trabalhista de estar na origem da lei que permitiu a libertação automática de Usman Khan.
Estas medidas teriam impedido o ataque sangrento reivindicado pelo grupo ‘jihadista’ do Estado Islâmico, assegurou o primeiro-ministro. «Deem-me uma maioria e eu proteger-vos-ei do terrorismo», garantiu.
PM acusado de usar atentado como forma de obter ganhos políticos
As propostas avançadas pelo primeiro-ministro não constam do programa de Governo apresentado pelos conservadores para as eleições de 12 de dezembro, o que está a provocar acusações de uso do atentado como forma de obter ganhos políticos. Uma das vozes críticas é a do pai de uma das vítimas, Jack Merritt.
Lusa
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