Bruxelas disponível para ajudar autoridades após sismo nas ilhas indonésias Gili
A Comissão Europeia mostrou-se hoje disponível a auxiliar as autoridades da Indonésia, depois de já ter ajudado a retirar 250 turistas das ilhas Gili, onde um sismo provocou, no domingo, pelo menos 98 mortos e centenas de feridos.
“Na segunda-feira de manhã, abrimos um posto de informação consular no aeroporto de Lombok e já ajudámos a retirar 250 turistas”, disse hoje o porta-voz comunitário para Ajuda Humanitária e Proteção Civil.
Na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, em Bruxelas, Carlos Martin Ruiz de Gordejuela referiu que Bruxelas está a agir “em coordenação com as autoridades nacionais” e “disponível para ajudar naquilo que for solicitado”, tendo já respondido a um pedido de mapeamento territorial, através do sistema de emergência da União Europeia (UE) de navegação por satélite Copernicus.
“Os cidadãos europeus devem, em primeiro lugar, procurar ajuda junto da sua representação consular. Caso o país aí não esteja representado, pode recorrer a qualquer outro consulado de um Estado-membro”, informou.
Cerca de sete mil turistas foram retirados das ilhas Gili, perto de Lombok, onde um sismo de magnitude 6,9 provocou, no domingo, pelo menos 98 mortos e centenas de feridos.
Os milhares de turistas foram transportados para Lombok, onde aguardam transporte para a ilha turística de Bali ou para a capital, Jacarta, de acordo com a agência noticiosa “Antara”, que cita o ministro da Segurança indonésio, Wiranto.
Cerca de duas dezenas de cidadãos portugueses que se encontravam na Indonésia durante o sismo de domingo estavam na segunda-feira à tarde a ser retirados das ilhas Gili em embarcações do Governo indonésio, segundo o gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.
O sismo, com o epicentro a dez mil metros de profundidade, ocorreu uma semana após um outro abalo também na ilha turística de Lombok, que provocou 17 mortos e mais de 300 feridos.
Em 2004, um sismo na costa norte da ilha indonésia de Sumatra originou um tsunami que provocou pelo menos 280 mil mortos em 12 países banhados pelo Índico, a maioria na Indonésia.
A ilha de Lombok, dominada pelo vulcão Rinjani, encontra-se a leste de Bali, o principal destino turístico da Indonésia.
A Indonésia está localizada no designado “anel de fogo do Pacífico”, área de grande atividade sísmica, que regista anualmente cerca de 7.000 sismos, a maioria dos quais moderados.
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