Capturados mais dois migrantes do grupo de 17 que fugiu de Tavira

As forças policiais capturaram hoje mais dois migrantes do grupo de 17 que na quinta-feira fugiu de um quartel em Tavira, reduzindo para seis o número de elementos ainda em fuga, disse fonte do SEF.

Capturados mais dois migrantes do grupo de 17 que fugiu de Tavira

As forças policiais capturaram hoje mais dois migrantes do grupo de 17 que na quinta-feira fugiu de um quartel em Tavira, reduzindo para seis o número de elementos ainda em fuga, disse fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Os dois homens foram detidos em Castro Marim, a cerca de 30 quilómetros de Tavira, e um deles “é o que está infetado” com covid-19, precisou a mesma fonte.

Após a captura de 11 elementos do grupo, as autoridades continuam as buscas para capturar os restantes seis que ainda continuam em fuga do grupo de 17 migrantes que na quinta-feira de madrugada se escapou de um quartel do exército em Tavira.

Os restantes nove foram capturados ainda na quinta-feira, ao longo do dia, e “não vão ser ouvidos” de novo em tribunal “por indicação dos magistrados do Ministério Público das respetivas comarcas” onde foram detidos, adiantou hoje a mesma fonte à Lusa.

“Vão ser entregues à custódia do SEF”, acrescentou, referindo-se aos elementos já capturados, que pertenciam a um grupo de 28 migrantes indocumentados que desembarcou na ilha Deserta, em Faro, em 16 de setembro, e foi depois colocado, por ordem judicial, à guarda do SEF, a aguardar o afastamento de Portugal por entrada irregular no país.

Na quinta-feira, os 17 migrantes fugiram do quartel do destacamento de Tavira do regimento de infantaria n.º 1 do exército, onde aguardavam pela aplicação da ordem judicial e cumpriam quarentena, depois de dois deles terem sido diagnosticados com covid-19 após a entrada irregular em Portugal.

Na tarde de quinta-feira, as autoridades já tinham detido um dos marroquinos em Castro Marim.

Na quinta-feira de manhã, também foram localizados dois cidadãos em Tavira e um deles foi transportado para o Hospital de Faro, depois de se ter ferido num pé durante a fuga, enquanto o outro se encontrava nas instalações da PSP de Tavira.

O grupo que em 16 de setembro desembarcou sem documentos na ilha Deserta, em Faro, era composto por 28 migrantes: 24 homens, que estavam instalados no quartel em Tavira, três mulheres, uma delas grávida, e um menor.

As três mulheres foram instaladas na Unidade Habitacional de Santo António, no Porto, enquanto o menor foi entregue ao Tribunal de Família e Menores de Faro.

O ministro da Administração Interna pediu na quinta-feira a abertura de um inquérito à fuga dos migrantes, para apurar “as circunstâncias da referida fuga e de eventuais responsabilidades disciplinares de elementos” do SEF e da PSP.

A embarcação em que os 28 migrantes chegaram à ilha tem cerca de sete metros e é semelhante às usadas nos outros cinco desembarques ilegais registados na região desde dezembro.

Este foi o sexto de desembarque ilegal na costa algarvia envolvendo migrantes do Norte de África.

O anterior tinha acontecido em julho, quando um grupo de 21 homens, alegadamente marroquinos, desembarcou na ilha do Farol, também no concelho de Faro.

 

 

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