Os idosos Betty e Curtis Tarpley morreram com uma hora de diferença, num hospital do Texas, EUA, vítimas da covid-19. E na doença, tal como nos 53 anos de casados, permaneceram sempre de mãos dadas. Até ao último suspiro.

Em declarações à CNN, Tim Tarpley, filho do casal, contou que a mãe, de 80 anos, foi a primeira a ser diagnosticada com a doença e a ser internada. No entanto, dois dias depois, o pai, de 79 anos,  também descobriu que estava infetado e deu entrada na mesma unidade hospitalar.

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Inicialmente, Betty e Curtis pareciam estar a reagir bem à medicação e os profissionais que os acompanhavam na  Unidade de Cuidados Intensivos deixavam-nos passar algumas horas juntos. Mas, sem que nada o fizesse prever, Betty começou a perder forças rapidamente, chegando a dizer ao filho que estava pronta para partir. «Gritei-lhe que não podia ser. Ainda tinha muitas coisas para fazer com ela», revelou Tim.

Perante o agravamento do estado de saúde de Betty, Curtis foi informado pelo filho de que a sua companheira de vida estava mal. Nesse mesmo dia, o idoso, que estava a ser ventilado, começou a baixar drasticamente os níveis de oxigénio. «Assim que ele sentiu que a nossa mãe não iria aguentar, decidiu deixar de lutar.»

Comunicar sem palavras

Nos últimos minutos de vida, médicos e enfermeiros resolveram voltar a juntar o casal. Curtis ainda tentou virar-se para a mulher, mas não conseguiu devido ao seu estado de saúde débil. Decidiu dar-lhe a mão. Betty morreu 20 minutos depois e Curtis 45 minutos depois da companheira de vida.

«Eles conheciam-se bem o suficiente para poderem comunicar sem precisar de palavras», afirma o  filho, Tim, que tem também uma irmão, Trai. Betty e Curtis conheceram-se no liceu, apaixonaram-se anos mais tarde e tornaram-se inseparáveis.

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