Anna e Renee McInarnay estão juntas desde que tinham 17 anos. A relação sólida levou ao casamento e à posterior vontade de ter filhos e aumentar a família. Contudo, o que parecia ser um sonho fácil de concretizar tornou-se numa dura e linga batalha.  Após ambas terem sido dadas como inférteis, resolveram recorrer à adoção, mas as portas fecharam-se por serem um casal do mesmo sexo. As leias no estado do Mississippi, nos Estados Unidos da América são rígidas no que se refere à adoção.

O casal decidiu, então, recorrer a um especialista numa outra clínica, que aceitou submeter as jovens a uma fertilização in vitro, não dando grande esperança de sucesso. «Decidimos fazer as duas o tratamento para aumentar as hipóteses de termos um filho», explicaram. Anna e Renee fizeram a implantação dos embriões no Centro de Fertilidade Audubon, em Nova Orleans, no mesmo dia e à mesma hora. Duas semanas depois descobriram que ambas estavam gravidas, sendo que os filhos serão meios-irmãos biológicos, já que o dador de esperma foi o mesmo.

Anna e Renee estão na reta final das gravidezes e o parto está agendado para o mesmo dia. «Serão uma espécie de gémeos já que vão nascer no mesmo dia», contaram orgulhosas a um canal de televisão americano. Na mesma entrevista, agradeceram o apoio da comunidade, pois acreditavam que iriam ser «criticadas duramente». «Aproveitamos para incentivar os casais do mesmo sexo a lutar pelos seus sonhos, mesmo que tudo seja mais difícil para nós, a luta vale a pena», concluíram.

Os casais homossexuais podem adotar nos 50 estados dos EUA. Só falta o estado do Mississippi consagrar esta alteração legislativa.

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