Os pais do bebé Rodrigo – que nasceu com malformações graves em Setúbal – compareceram no DIAP de Setúbal esta terça-feira, 19 de novembro, e fizeram questão de levar o bebé para mostrar à magistrada as malformações graves.

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O casal deslocou-se ao DIAP de Setúbal na sequência da queixa apresentada contra o obstetra Artur Carvalho, no Ministério Público, mas apenas a mãe da criança foi ouvida. Os pais do menino foram informados que o inquérito do MP às malformações do filho, não detetadas pelo médico Artur Carvalho, está em segredo de justiça. Tal implica que não sejam reveladas quaisquer informações sobre o caso.

Marlene e David revelaram ao Correio da Manhã que se sentem revoltados com a situação e que não compreendem o motivo do sigilo. A mãe de Rodrigo terá entregue toda a informação enquanto grávida – desde história clínica a ecografias – e prestado o depoimento, que durou mais de uma hora.

O médico obstetra, suspenso preventivamente, corre o risco de ser expulso da Ordem dos Médicos e de enfrentar uma pena de prisão até cinco anos. Em causa está o crime de ofensa à integridade física qualificada.

Quadro clínico de Rodrigo está estável

Rodrigo teve alta hospitalar no dia 11 de novembro e desde então encontra-se em casa com os pais. Em declarações à CMTV, a madrinha do bebé revela que o estado de saúde é uma incógnita uma vez que, contrariamente ao que os médicos previam, o menino «continua cá». Segundo Tânia Contente, a criança vive sem qualquer tipo de máquina, respira e alimenta-se sozinho. Os pais do bebé, Marlene e David, têm consciência que esta «será uma batalha que dificilmente será ganha».

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