A causa da expulsão de Assange da embaixada do Equador: «Ele punha excrementos nas paredes»
O embaixador equatoriano em Londres, Jaime Marchan, conta ao The Daily Mail as razões que ditaram a expulsão de Assange da embaixada do Equador.
Numa altura em que tem divulgado a teoria de que o presidente do Equador, Lenín Moreno, terá cedido às pressões dos Estados Unidos para retirar o asilo a Assange, o embaixador equatoriano em Londres, Jaime Marchan, revela pormenores sobre o australiano.
Em declarações ao jornal The Daily Mail, Jaime Marchan diz que foi a falta de higiene e os abusos repetidos do fundador da WikiLeaks que ditaram a sua expulsão da embaixada do Equador. «Quando queria ser desagradável punha excrementos nas paredes e deixava roupa interior com excrementos no lavatório.»
Jaime Marchan revela ainda que tinham de «insistir» com Assange para «despejar o autoclismo e para lavar a loiça». O embaixador equatoriano afirma mesmo que o fundador da WikiLeaks «abusou repetidamente do asilo» que lhe foi concedido em 2012, pelo então presidente Rafael Correa.
Equador gasta quase 6 milhões de euros com Assange
O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Equador, Jose Valencia, revela os gastos que o país teve com o australiano. O governo equatoriano gastou quase seis milhões de euros com Assange. Mais de cinco milhões em segurança, 354 mil euros em despesas médicas, comida e lavagem de roupa e 267 mil euros em aconselhamento jurídico.
Julian Assange foi detido esta quinta-feira, 11 de abril, pela polícia britânica no interior da embaixada do Equador em Londres, onde se encontrava há sete anos. Num comunicado, a polícia indicou que executou um mandado de detenção emitido em 2012 após o Equador ter retirado o direito de asilo ao australiano de 47 anos.
Assange refugiou-se na embaixada equatoriana na capital britânica em 2012 para evitar a sua extradição para a Suécia, que solicitou que o fundador do Wikileaks se entregasse por supostos crimes sexuais, um processo que entretanto prescreveu. Assange recusou entregar-se às autoridades britânicas por receio de ser extraditado para os Estados Unidos (EUA), onde poderia enfrentar acusações de espionagem puníveis com prisão perpétua.
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