China acusada de obrigar presos a doar órgãos para tráfico
Na China, o tempo de espera para um transplante é extremamente baixo, sendo de apenas um par de semanas, garante um tribunal independente em Londres.
Um tribunal independente em Londres conclui que continuam a morrer pessoas, na China, por transplantes de órgãos e que grande parte das vítimas são seguidores do movimento religioso Falun Gong.
Segundo Geoffrey Nice QC, procurador no tribunal criminal internacional para a ex-Jugoslávia, afirma que os membros do movimento são a «principal fonte de extração forçada de orgãos», durante a audiência, citando o The Guardian. «A conclusão mostra que muitas pessoas morreram indescritivelmente sem razão, que mais podem vir a sofrer de forma semelhante e que todos nós vivemos num planeta onde a maldade pode ser encontrada no poder daqueles, que por enquanto, se encontram na administração de um país com uma das civilizações mais antigas conhecidas pelo homem moderno» declarou o procurador.
A perseguição a este grupo religioso começou em 1999, quando milhares de pessoas se juntaram ao movimento, o que fez com que este passasse a ser considerado uma ameaça ao partido comunista. O tempo de espera para a realização de transplantes na China é extremamente baixo, estando avaliado em apenas algumas semanas.
A investigação concluiu, tendo por base informações dos hospitais daquele país, que a fonte principal dos órgãos continua a ser os seguidores do Falun Gong. Em entrevista ao The Guardian, uma ativista do grupo explicou que os reclusos são submetidos a exames e análise clínicas e questionados sobre doenças.
«Quando alguém desaparecia do campo, assumia que tinha sido libertado. (…) Agora temo que tenham sido levados para o hospital e os seus órgãos removidos sem consentimento e mortos na sequência do processo.»
Segundo o mesmo tribunal, por ano são realizadas 90 mil operações de transplante, um número muito superior ao apresentado por fontes oficiais do governo chinês.
Por sua vez, a embaixada chinesa refere, à mesma publicação, que «o governo chinês segue sempre os princípios orientadores da Organização Mundial da Saúde sobre transplante de órgãos humanos» e revela ainda que as presentes acusações não passam de «rumores».
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