China responsabiliza ‘gostos’ em informação negativa na internet
O novo regulamento da Administração do Ciberespaço da China, que vai responsabilizar os utilizadores da internet de carregarem no ‘gosto’ em informações consideradas negativas, entrou em vigor.
O novo regulamento da Administração do Ciberespaço da China, que vai responsabilizar os utilizadores da internet de carregarem no ‘gosto’ em informações consideradas negativas, entrou em vigor. O organismo regulador promulgou uma nova versão do regulamento no final de novembro, declarando que os ‘gosto’ são equivalentes a um comentário e, por isso, os autores são igualmente responsáveis perante as plataformas e as autoridades. As regras estipulam que os comentadores devem cumprir “as leis”, seguir a “ordem pública e os bons costumes”, promover “os valores socialistas fundamentais” e abster-se de publicar “informação proibida pelos regulamentos estatais competentes”. Nem as plataformas, nem os utilizadores estão autorizados a “enganar a opinião pública”, de acordo com o regulamento.
“Se estamos a lutar pela Europa, porque não nos fornecem armas?”, pergunta Nobel da Paz
A vencedora do Nobel da Paz e representante da Ucrânia no Sakharov 2022 considera incompreensível que o ocidente diga que a guerra contra a Rússia defende toda a Europa, mas não forneça mais armas modernas (… continue a ler aqui)
Alguns dos conteúdos que o organismo considera negativos incluem conteúdos que “atentam contra a honra e os interesses nacionais”, “difamam ou recusam os atos e o espírito de heróis e mártires”, “promovem o terrorismo”, “incitam ao ódio étnico”, “espalham rumores” ou “perturbam a ordem económica e social”. A Administração do Ciberespaço apela ainda às plataformas para “melhorar a revisão dos comentários nas publicações” e a “inspecionar em tempo real”. Nas últimas semanas, com os protestos virtuais e presenciais contra a política de ‘zero covid’ em várias cidades chinesas, foram vários os utilizadores da internet que lembraram a iminência das regras ao fazer publicações críticas às políticas governamentais: “Rápido, carreguem no ‘gosto’ enquanto podem”, é um exemplo de uma mensagem comum.
“Um retrocesso de dez mil passos”
“Representa um retrocesso de dez mil passos. Quem decide o que é informação negativa?”, questionou um utilizador da rede social Weibo, equivalente na China ao Twitter, bloqueado no país. Em julho, redes sociais chinesas como a Weibo lançaram uma campanha contra mensagens com palavras homófonas ou outro tipo de técnicas utilizadas para contornar a censura.
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