Concessionária suspende viagens marítimas no sotavento de Cabo Verde

A concessionária das viagens marítimas entre ilhas em Cabo Verde suspendeu hoje as ligações no grupo sotavento (ilhas de Santiago, Maio, Fogo e Brava) depois de uma avaria e acidente com o navio Liberdadi, na segunda-feira.

Concessionária suspende viagens marítimas no sotavento de Cabo Verde

Face à “necessidade urgente de docagem para intervenção técnica, as viagens da Linha Sotavento estão canceladas até nova indicação”, anunciou a empresa, em comunicado.

O Liberdadi encalhou à entrada do porto da Praia com 144 passageiros e carga, incluindo automóveis, depois de fazer meia-volta em alto mar devido a uma avaria num gerador, quando se dirigia para a ilha do Fogo.

Os passageiros foram retirados para um quebra-mar à beira da estrada de acesso ao porto e o navio foi rebocado mais tarde para o cais.

A CV Interilhas indicou que não tem substituto, porque um outro navio (Kriola) está também em doca “a efetuar as intervenções de manutenção e conservação necessárias à emissão dos seus certificados de segurança e navegabilidade”.

A concessionária referiu estar a equacionar “todas as possibilidades para encontrar soluções que permitam assegurar com brevidade as ligações nas rotas Santiago/Fogo/Brava e Santiago/Maio”.

“Neste momento, não é possível avançar com uma data para a reposição das ligações”, concluiu.

O mesmo navio Liberdadi já havia sofrido “um incidente técnico no motor principal” na semana anterior.

Em fevereiro, uma outra das quatro embarcações da frota, o navio Dona Tututa, sofreu também uma avaria ao chegar à ilha da Boa Vista.

A CV Interilhas é um armador cabo-verdiano, constituído em 2019, com o qual o Governo de Cabo Verde estabeleceu o contrato de concessão, por 20 anos, para o serviço público de transporte marítimo de passageiros e carga entre ilhas.

A sociedade é constituída por 12 armadores, entre os quais está o português Grupo ETE, que detém 51% do capital social (através das suas participadas Transinsular e Transinsular Cabo Verde), cabendo o restante a 11 firmas cabo-verdianas.

LFO // VM

By Impala News / Lusa

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