Condenada a 6 anos de prisão por matar homem que a assediou
O crime aconteceu entre colegas de trabalho numa empresa na região metropolitana de Palmas, Brasil. A mulher acabou condenada a 6 anos de prisão.
Uma brasileira de 39 anos foi condenada a seis anos de prisão, em regime semiaberto, por matar à facada o homem que a assediou. A vítima de assédio – que as agências de notícias brasileiras não identificam – trabalha como auxiliar administrativa e contou ao Tribunal ter sido «encurralada pelo colega de trabalho após uma discussão».
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«Ele torceu-me o braço e eu recuei. Não queria que ele me tocasse. Receei que ele quisesse violar-me. O que seria pior, ser violada ou estar aqui hoje? Não tenho resposta para vos dar», disse a mulher em sua defesa, entregando a resposta ao júri. «A faca estava ali, à mão, não a levei de casa. Não premeditei nada.»
Júri considerou a mulher culpada e condenou-a por 4 votos a favor e 3 contra
Os sete jurados consideraram-na culpada de matar o colega de trabalho, um soldador, com uma faca por quatro votos a favor e três contra. O homicídio ocorreu em 17 de abril de 2012 numa empresa de mineração, no município de Porto Nacional, região metropolitana de Palmas.
A mulher foi denunciada uma semana depois, a 24 de agosto daquele ano, pelo Ministério Público (MP). De acordo com o MP, o soldador, na altura com 20 anos, pediu à mulher uma contribuição para uma ‘vaquinha’ para comprar uma merenda e a mulher pediu para que ele não falasse com ela.
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A vítima «insistiu». «Ambos começaram a discutir, momento em que a denunciada se apoderou de uma faca, desferindo um golpe na vítima», afirmou o procurador do MP.
Nos autos, descreve-se que a mulher, agora condenada, «e a vítima discutiram anteriormente pelo mesmo motivo». O soldador terá dito «em tom de brincadeira que a denunciada iria contribuir com o “rabo da vaca” para a vaquinha da merenda».
A condenada «pegou na faca e furou-o», relatou em audiência a principal testemunha
No dia do julgamento, esta semana, um funcionário da empresa foi também ouvido pelos jurados. O seu relato acabaria por ser determinante para a condenação. No dia do homicídio, o soldador estava «a provocar» a mulher. A «brincadeira era uma humilhação».
«Eu vi que ela não estava a gostar», testemunhou ainda o homem. Condenada e vítima «começaram a discutir. Conversa vai, conversa vem, e a discussão a subir de tom. Foi de repente.
«Foi tudo muito rápido. Ela pegou na faca e furou-o», contou a testemunha durante o julgamento. O laudo pericial aponta que a versão apresentada pela testemunha como verdadeira e a mulher poderá recorrer da sentença em liberdade.
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