Covid-19: Associação da GNR questiona objetivo de operações STOP
Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR) alertou para a “grave situação” de risco em que os militares prestam serviço no contexto da pandemia, questionando o “verdadeiro objetivo” das sucessivas operações de controlo de viaturas.
Associação Sócio-Profissional Independente da Guarda (ASPIG/GNR) alertou para a “grave situação” de risco em que os militares prestam serviço no contexto da pandemia, questionando o “verdadeiro objetivo” das sucessivas operações de controlo de viaturas.
“As viaturas lotadas (com quatro e cinco militares) e os ajuntamentos nos locais onde são desenvolvidas tais operações fazem aumentar, significativamente, o risco de contágio”, apontou a ASPIG/GNR, referindo que as designadas “operações de STOP”, realizadas no âmbito da fiscalização das medidas do confinamento geral por causa da covid-19, são asseguradas por militares dos postos e destacamentos que, “nalguns casos, têm de percorrer distâncias superiores a 80 quilómetros”.
Para a associação, que representa militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), é urgente “repensar a utilidade” da frequência destas operações, “num momento em que a pandemia causa números inimagináveis de mortes, internamentos hospitalares e contágios”.
“Em plena pandemia e com o crescente número de casos da doença covid-19, que se têm verificado nos últimos dias, questiona-se o verdadeiro objetivo das sucessivas operações de STOP, no âmbito rodoviário? Multa???”, escreveu a ASPIG/GNR, num comunicado em que destacou a “grave situação” de risco em que os militares prestam serviço.
A associação defendeu, ainda, que é preciso munir todos os veículos de material para desinfeção de mãos e do próprio veículo e voltar a distribuir máscaras descartáveis aos militares, de preferência FP2, ao invés das máscaras reutilizáveis.
Aplicável a todo o território continental, o novo confinamento geral para tentar travar a covid-19, em que a principal regra é ficar em casa, entrou em vigor no dia 15, com vigência até 23h59 de 30 de janeiro, mas ao longo desta semana o Governo avançou, por duas vezes, com o agravamento das medidas, inclusive o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino desde de sexta-feira e até 5 de fevereiro.
No âmbito das medidas restritivas de circulação de pessoas, o Governo determinou o reforço da fiscalização por parte das forças de segurança, inclusive a proibição de circulação entre concelhos, o que se aplica desde as 20h00 de sexta-feira e até às 05h00 de segunda-feira.
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