Pais de bebé vítima de cancro após diagnóstico errado angariam fundos para processar SNS
Menina de três anos queixou-se de dores de barriga durante meses. Médicos desvalorizaram e apontaram prisão de ventre como causa dos incómodos na criança.
Francesca Sio, de três anos, passou os últimos meses de vida com dores e sem conseguir evacuar. Os pais foram dezenas de vezes às urgências do hospital Princess Royal, na cidade de Orpington, em Inglaterra. A cada visita, o diagnóstico mantinha-se. Os médicos insistiam que a criança sofria apenas de prisão de ventre, recusando-se a fazer exames. «Diziam que era a falta de legumes porque não queria comer sopa e que isso fazia o intestino funcionar mal», contam os pais, Lorraine e John. Ao longo do tempo, às queixas de dores de barriga somaram-se as de estômago. Depois, dificuldades respiratórias e febres constantes. «Na última vez que fomos ao hospital, voltaram a insistir na prisão de ventre. Receitaram-lhe laxantes para uma semana. Morreu quatro dias depois», recordam os progenitores.
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«O que aconteceu é raro. Foi má sorte», justifica o pediatra da criança
A autópsia revelou um tumor maligno de cinco centímetros no intestino. Confirmou-se o cancro como causa da morte da criança. Segundo os pais, no dia em que a filha morreu esteve sempre deitada e dizia que tinha dores em todo o corpo. No início da noite, a 6 de agosto, Francesca Sio não conseguia respirar. Alarmados, os pais chamaram uma ambulância, mas a menor já chegou sem vida ao hospital. «O que aconteceu com Francesca é muito raro. Foi má sorte», justifica o pediatra da criança.
Angariação de fundos para levar SNS à Justiça
Os pais criaram uma página no site GoFundme para angariação de fundos. O objetivo é contratar advogados para levarem o Serviço Nacional de Saúde (SNS) inglês à Justiça. «A nossa menina teve sintomas observados por vários médicos que foram demasiado otimistas. Não levaram a sério as queixas da nossa filha e convenceram-nos, muitas vezes, de que estávamos a fazer um drama sem razão», afirmam os pais, garantindo terem provas de todas as idas ao hospital e dos diagnósticos efetuados.
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