Uma criança sofreu ferimentos graves no rosto, na sequência de ataque de cão. Chance, de 10 anos, perdeu uma orelha, a voz e pode ficar sem a visão no olho esquerdo. Ficou também com muitas cicatrizes no rosto. A criança tinha ido jogar à bola a casa do seu amigo Enrique Galvez Jr, em Finney, nos Estados Unidos. Foi nesse momento que aconteceu a tragédia.

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O pai do amigo saiu para trabalhar e encontrou o menino inconsciente e coberto de sangue, com o cão ainda a morder-lhe a cara. A criança não chegou a entrar em casa de Enrique Galvez Jr. Terá sido atacada à porta da casa do amigo. O cão, pertencente à família Galvez, estava solto na rua. Cruzou-se com o rapaz de 10 anos e atacou-o. Ninguém presenciou o ataque, mas os vizinhos garantiram que o animal passava o tempo todo preso com correntes e que era utilizado para lutas de cães. Desconhece-se como se conseguiu soltar e sair do terreno onde estava sempre preso.

Após ataque de cão, pais da criança lançaram uma campanha para tentar arrecadar dinheiro para os vários tratamentos

Chance foi levado para o hospital Children’s Mercy, em estado grave. Já foi submetido a várias intervenções cirúrgicas e respira através de um tubo traqueal. Os médicos não sabem ainda se irá recuperar a voz. «Para já, comunica com a escrita e ainda não sabemos se vai recuperar a voz. Mas temos esperança. Tem graves cicatrizes no rosto, mas é o facto de não poder comunicar que o deixa mais triste», contou a mãe da criança.

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Jennifer e Stephen Orozco, os pais de Chance, desconfiam da versão contada pelo vizinho e proprietário do cão e querem justiça. «Ele garante que encontrou o meu filho na rua. Mas havia sangue no jardim dele. Acreditamos que o ataque se deu dentro da propriedade e não na rua. Essa mentira serve para se desresponsabilizar, mas iremos lutar por justiça», sublinharam. Enquanto o caso não chega a tribunal, os pais lançaram uma campanha para tentar arrecadar dinheiro para os vários tratamentos de que Chance precisa e para fazer face às dívidas que contraíram para as cirurgias reconstrutivas.

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