De acordo com a Sky News, um supremacista branco foi morto por injeção letal na primeira execução federal dos Estados Unidos da América desde 2003. Daniel Lewis Lee, que torturou e matou um casal e a filha de oito anos e os atirou à água, foi executado na prisão federal em Terre Haute, no Indiana. «Eu não os matei», disse o condenado pouco antes de ser morto. «Cometi muitos erros na minha vida, mas não sou assassino. Vocês preparam-se para matar um homem inocente.»

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Supremo votou morte por injeção letal

A execução de Lee foi adiada por um tribunal distrital na segunda-feira, 13 de julho, devido a uma contestação legal contra um novo protocolo de injeção, mas o Supremo Tribunal determinou a execução, com quatro votos contra um. As execuções federais são raras. A grande maioria é realizada por estados individuais e registam-se apenas três desde 1988, a última em 2003. Familiares das vítimas de Lee, assassinadas em 1996, queriam que ele fosse condenado a prisão perpétua.

Daniel Lewis Lee pertencia à República dos Povos Arianos

Daniel Lewis Lee foi recrutado para um grupo supremacista branco – República dos Povos Arianos – em 1995 pelo também réu Chevie Kehoe. Dois anos depois, foram ambos presos por matarem um traficante de armas, William Mueller, a esposa e a filha, em Tilly, no Arkansas. Roubaram armas 50 mil dólares (perto de 44 mil euros), como parte de um plano para estabelecer uma nação apenas para brancos no noroeste do Pacífico, alegaram os promotores públicos, em julgamento, no ano de 1999.

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Tortura com armas de choque e morte por sufocamento

Lee e Kehoe terão torturado as vítimas, com armas de choque, e os sufocaram com sacos plásticos. Os corpos de pai, mãe e filha foram atados a pedras e atirados à água. Apesar de ser o líder aparente, Kehoe foi sentenciado a prisão perpétua. Lee foi declarado morto às 08h07 desta terça-feira, 14 de julho. A família das vítimas queria estar presente na execução para expor objeções à sentença, o que não lhes foi permitido.

Mais duas execuções federais agendadas para esta semana

A familiar Monica Veillette justificou a pretensão. «Para nós, é uma questão de honra estar lá e dizer “isto não está a ser feito em nosso nome; não queremos isto”.» O procurador-geral dos EUA, William Barr, disse que o Departamento de Justiça tem apenas o dever de resolver as disputas legais e executar as sentenças e como tal proibiu a presença dos familiares das vítimas no local da execução. Grupos de direitos civis lutaram contra a execução e críticos afirmaram que o governo procura ganhos políticos com esta execução. Duas outras execuções federais estão agendadas para o fim desta semana.

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