Daniela e Isabel conseguiram engravidar através da Maternidade Partilhada e vão ser mães
Daniela e Isabel conseguiram engravidar e são agora o primeiro casal homossexual a ter um filho através da Maternidade Partilhada.
Daniela e Isabel conseguiram engravidar e são agora o primeiro casal homossexual a ter um filho através da Maternidade Partilhada. Em 2018, Daniela Santos e Isabel Ferreira estiveram à conversa com o Portal de Notícias e contaram a sua história. O casal recorreu à técnica de Fertilização Recíproca, vulgarmente conhecida como maternidade partilhada e, por outras palavras mais simples, Daniela doa os óvulos e Isabel o útero.
Foi através das redes sociais que o casal anunciou a boa nova. Depois de vários tentativas, Daniela e Isabel, conseguiu finalmente realizar o sonho. Numa publicação no Instagram, casal deixa um agradecimento especial à clínica Ferticentro por permitirem «tornar este sonho realidade».
Casal passou a fronteira para tentar engravidar
O sonho de ter um filho fez com que as jovens tivessem de passar a fronteira para tentar engravidar através do procedimento de inseminação artificial. No entanto, nas duas tentativas do casal em Vigo, Espanha, o resultado nunca foi positivo.
Depois de duas tentativas com resultado negativo, o casal decidiu avançar com o casamento e fazer uma pausa nos tratamentos. Nessa altura foi emitido em Portugal, em janeiro de 2017, um parecer favorável ao acesso à medicina de reprodução por casais do mesmo sexo pelo o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida e o casal viu uma nova oportunidade para ter um filho. Isabel recorreu uma terceira vez ao tratamento de inseminação artificial. Contudo, não conseguiu engravidar.
Depois da desilusão, Daniela e Isabel não baixaram os braços e decidiram juntar dinheiro para tentar outro método que lhes conferisse mais hipóteses de serem mães.
Foi numa das sessões de acompanhamento na clínica portuguesa Ferticentro – onde Daniela e Isabel tentaram engravidar pela terceira vez – que descobriram a possibilidade de serem mães através da Maternidade Partilhada. O método é legal em Portugal desde janeiro de 2018. Em Espanha e Inglaterra também já é possível optar por esta técnica e cada tratamento ronda os 5 mil euros.
A Maternidade Partilhada é um método único, pois os membros do casal têm poder legal sobre o bebé. Na gestação de substituição – mais conhecida por barrigas de aluguer – quem recebe o embrião não tem quaisquer direitos legais sobre o bebé que irá nascer.
«Eu e a Isabel vamos ser ambas progenitoras por lei do ser que irá nascer. Assinámos uma declaração de como a criança que vai nascer através desta técnica será das duas. Apesar de isso não ir acontecer, mesmo que eu e a Isabel nos separemos, o filho será sempre nosso e os embriões congelados também. Ou seja, a Isabel não os poderá utilizar os óvulos fecundados sem o meu consentimento.», contaram-nos à data da reportagem.
Daniela e Isabel seguiram em frente com a sua vontade e a história do casal terá, agora, um final feliz.
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