Jordan Burling, de 18, foi encontrado com pouco mais de 37 quilos, tendo sucumbido após seis meses de profunda desnutrição. O especialista em nutrição chamado a depor afirmou que “nunca tinha visto tal desnutrição em 26 anos como profissional” e comparou-a “àquela encontrada nos campos de extermínio da Segunda Guerra Mundial“.

Dawn Cranston, a mãe, foi posteriormente considerada culpada de homicídio culposo e condenada a quatro anos de prisão. A mulher de 45 acabou por sair nos últimos dias, dois anos antes da conclusão da pena e a tempo de passar o Natal em total liberdade. Em declarações ao The Sun, uma fonte próxima do processo deixou clara a sua indignação perante a situação. “É revoltante que depois do que ela fez, esteja de volta às ruas. Ela não mostrou um pingo de arrependimento pelo que aconteceu e pela morte do filho”.

Quando Dawn finalmente ligou para a linha de emergência, em junho de 2016, o cenário encontrado pelos paramédicos era “chocante e perturbador”, lembra o procurador Nicholas Lumley. “Jordan estava deitado num colchão insuflável, totalmente indefeso. Pesava pouco mais de 37 quilos; era só pele e ossos e estava a usar uma fralda suja debaixo do pijama”, concluiu.

Restos mortais do irmão mais novo foram encontrados em mochila

Na sequência da morte de Jordan, a polícia realizou buscas à casa onde se deu o crime e encontrou restos mortais do irmão mais novo de Jordan dentro de uma mochila, escondida num armário há 14 anos. A irmã mais velha de Jordan, Abigail Burling, de 25 anos, foi considerada inocente do homicídio do irmão, mas foi condenada por causar ou permitir a morte de uma pessoa vulnerável. A avó, Denise, foi considerada culpada de homicídio culposo. Tal como lembra o The Sun, durante os seis meses de subnutrição que culminaram na sua morte, Jordan era alimentado à base de cinco batidos diários. 

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