Descoberto anticorpo capaz de evitar disseminação do cancro
Investigadores italianos descobriram que anticorpo monoclonal volociximab foi testado no tratamento de cancro de mama e revelou-se eficaz para travar metástases.
A investigação liderada por Francesco Pantano, da Unidade de Oncologia Médica do Hospital Universitário de Roma, descobriu que o anticorpo monoclonal volociximab revelou-se eficaz para travar metástases do cancro de mama.
Nos vários testes realizados em pacientes portadores de cancro deste tipo de cancro, as equipas de cientistas foram capazes de identificar a proteína alfa5, um dos principais fatores do surgimento de metástases e que, por sua vez, podem levar ao reaparecimento do cancro, anos após o fim do tratamento. O estudo publicado na revista científica Oncogene revela que a ação do anticorpo foi considerada de elevada eficácia no bloqueio da proteína.
Francesco Pantano, um dos líderes da inovadora descoberta, mostrou-se extremamente satisfeito com a segurança do tratamento.
“A proteína alfa5 é o ‘gancho’ com o qual a célula cancerígena se liga à fibronectina, que está altamente presente no microambiente ósseo. O volocixamab coloca-se no caminho das duas moléculas e impede que o tumor se espalhe para o osso. O resultado é muito promissor também porque o medicamento a partir do anticorpo é seguro, já foi testado e não é tóxico“.
O fármaco já havia sido estudado e testado – sem sucesso – para inibir fenómenos relacionados com o crescimento tumoral causado pela proteína alfa5, como a criação de novos vasos sanguíneos (necessários para as células cancerosas se alimentarem). Agora, com a tecnologia cada vez mais avançada, foram feitos avanços muito significativos para a prevenção do aparecimento de metástases.
Só em 2020, quase 55 mil italianos foram diagnosticados com cancro de mama. Apesar de a mortalidade estar a diminuir de forma constante nos últimos anos – cerca de 1% ao ano – e a esperança média de vida supere os 5 anos em 87% dos casos, a verdade é que no ano passado morreram mais de 12 mil pessoas vítimas da doença.
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